O produtor musical do Diante do Trono, Alex Passos, que também trabalha com outros artistas do segmento gospel como Gabriela Rocha e Thalles, acabou se envolvendo em uma polêmica ontem a noite (12). Tudo aconteceu depois que o Rock in Rio abriu a venda dos ingressos Card, que as pessoas podem trocar depois por qualquer dia do festival.
O valor dos ingressos chamou a atenção de Alex, e ele publicou uma imagem da tela do Jornal Nacional, que noticiou a abertura dos tickets ontem. Quem desejar comprar o ingresso inteiro do festival deverá desembolsar R$: 495,00 por dia, já quem tem meia-entrada, pagará R$: 247,50. O produtor musical gospel considerou que as pessoas pagam esse valor para eventos seculares sem reclamar, pois reconhecem a qualidade dos artistas, enquanto que, para um evento gospel, os mesmos valores seriam impossíveis, e isso prejudicaria a produção dos festivais e eventos de música evangélica, que deveriam ser mais valorizados.
+ Cachê de Gabriela Rocha gera polêmica nas redes sociais
“Sabe porque provavelmente você nunca irá em um evento gospel no padrão de um grande evento secular? A cabeça do nosso povo é pequena demais. Olha só os valores da PRÉ-VENDA do Rock in Rio . O povo não reclama , muito pelo contrário, já compra adiantado . No nosso meio vai cobrar 50 reais pra ver . Só da gente reclamando e julgando o organizador e o artista . TRISTE ISSO. As pessoas não são capazes de entender que grandes eventos além de gerar emprego também trás dignidade para o segmento.”, escreveu o diretor de álbuns como “Creio” e “Deserto de Revelação”, do Diante do Trono, e dirigiu o clipe “Ninguém explica Deus”, do Preto no Branco, que já alcançou mais de 500 milhões de views no Youtube.
Mas ele não ficou sem resposta. De logo, vários seguidores se pronunciaram, alguns a favor, inclusive a cantora gospel Soraya Moraes e o cantor Clovis Pinho, da banda Preto no Branco, enquanto outros discordaram das palavras de Alex Passos, veja:
Em seguida, o produtor musical do Diante do Trono, Thalles, Preto no Branco, e outros artistas, fez uma nova publicação, afirmando: “Eu acabei de postar uma foto agora do Jornal Nacional, e tô vendo que tá dando muita polêmica, tem muita gente falando, falando, falando. Cara, tem nego falando bobagem, bicho. É simples assim: os eventos seculares têm dignidade, porque o povo entende o valor do artista […]. No nosso meio [gospel], o artista de Deus é um miserável. Quanto mais miserável, ele é uma bênção. O cara não pode ter uma qualidade de palco, som…”
Alex Passos continuou, fazendo uma comparação entre Luan Santana e o cantor gospel Fernandinho, para tentar demonstrar que os custos de produção são iguais: “A guitarra que o Luan Santana compra, é a mesma do Fernandinho, se ele quiser ter qualidade. O som, equipamento de luz, pra mixar um projeto pra fazer um DVD… o custo que o cara tem lá, é o mesmo do gospel. Agora, o nosso público não consome como o público lá fora consome. Agora, vai falar disso pra ver: aí nós somos mercenários, só querem saber de dinheiro. Cara, o nome disso é dignidade e qualidade, e isso tem preço”, explicou.
Mesmo assim, diversas pessoas se posicionaram contra. Foi contestada a tese de que existe diferença entre evangelização (que deve ser de graça, na visão do produtor), e o entretenimento gospel (que deve ser cobrado, na mesma visão). Seria moral cobrar preços altos como os do Rock in Rio em eventos de cunho religioso, que se utilizam de mensagens do evangelho, que na visão apresentada, deveria ser de graça? Para alguns não, confira:
Até a cantora Nívea Soares entrou na discussão, e concordou com a visão de Alex Passos. Ela disse que não entende como as pessoas ainda questionam se um evento, como um congresso do Diante do Trono ou dela mesma, deva ser cobrado ou de graça: “Como se não tivéssemos nenhum custo”, concluiu.
Alguns artistas do segmento evangélico, como Aline Barros, Thalles, o próprio Diante do Trono, Gabriela Rocha, dentre outros, ainda são alvos de críticas nas redes sociais hoje em dia, por cobrarem cachês considerados exorbitantes para um artista gospel, e a questão levanta polêmica sempre que aparece, por não ser um fato pacífico entre os cristãos.
Com informações Portal do Trono