Para proporcionar acesso à educação, conforme prevê a Lei de Execução Penal, a gestão da Unidade Penal de Palmeirópolis, administrada pela Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), está oferecendo um curso básico em Teologia para os presos, uma parceria feita com a Instituição Seminário de Teologia por Extensão (Seifa).
As aulas iniciaram no final de março, na modalidade de ensino a distância, com a finalidade de transmitir valores bíblicos e ética cristã que leva o cidadão a buscar ser um indivíduo do bem e querer bem aos outros.
O curso tem duração de 22 meses e conta com a participação de cinco custodiados da unidade. “Ao final de cada módulo, tem uma avaliação e, para ser aprovado, precisa ter média mínima de sete pontos. Além disso, aqueles que concluírem os 22 módulos com aproveitamento mínimo receberão certificados com 660 horas”, detalhou o chefe da unidade, Ronaldo Martins, que foi articulador da parceria com a Seifa.
Segundo a gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda ao Preso da Seciju, Renata Keli Marinho, proporcionar essa formação aos custodiados é uma maneira de incentivá-los a buscar novos caminhos ao saírem do Sistema Penal.
Para o custodiado J.F.G., que está participando do curso, essa é uma oportunidade de aprofundar seus conhecimentos em teologia e também uma maneira de reforçar sua fé. “Para mim, esse curso é muito importante já que sou evangélico, pois lia muito o Novo Testamento e, com o curso, estou me aprofundando também sobre o Antigo Testamento. Está sendo proveitoso, estou aprendendo diretamente da palavra bíblica”, destacou.
Sobre o curso
O curso aborda os estudos bíblicos de forma prática e direcionada, fazendo um apanhado completo de várias áreas que proporcionarão um melhor aprendizado, conhecimento e compreensão da Bíblia.
Para o diretor do curso, Olivar Basílio, a formação ministrada também vai cooperar com a ressocialização dos custodiados. “Como Seminário evangélico que prima por valores morais para uma sociedade mais justa e sadia, é de suma importância cooperar com a ressocialização do detento, pois é preciso começar a partir do momento em que o preso pôs o pé ali na unidade, de forma que, quando ele sair, esteja pronto para se inserir no meio social novamente”, explicou.