Após visita a duas escolas de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, nos dias 9 e 10, o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, implantará um projeto piloto de escola comunitária, pública, gratuita e com gerenciamento particular na cidade. O modelo foi implantado na capital gaúcha em 2018 com resultados positivos nas unidades escolares.
“A experiência que Porto Alegre tem de implantação de escolas em parceria com instituições privadas sem fins lucrativos é extremamente positiva. Isso tem possibilitado a implantação de metodologias inovadoras, com otimização dos recursos públicos e melhoria da qualidade ofertada na educação das crianças”, analisou Dimas.
A organização para a visita a Porto Alegre foi por meio do Programa Juntos, da Organização da Sociedade Civil Brasileira Comunitas, no qual Araguaína é integrante. A OSC prestou assessoria local, com o acompanhamento feito pelos representantes Fernando Schüler e José Alves.
Projeto piloto
O prefeito explicou ainda que a escolha da escola para o projeto piloto será definida após análise de dados e levando em consideração o critério de ser uma unidade localizada em um bairro mais afastado do centro da cidade. “A nossa intenção é levar uma experiência positiva para os que têm mais dificuldade. Queremos nos aproximar da nova modalidade de escolas públicas com gestão privada, adotada há alguns anos nos Estados Unidos, as ‘Charters Schools’”.
Segundo ele, o primeiro passo em Araguaína será a implementação dos convênios que o Município já tem com algumas instituições filantrópicas. “Mas o principal é que iremos buscar instituições sem fins lucrativos que atuem na Educação e que reconhecidamente sejam de ponta, para gerenciar a unidade escolar pública que será o nosso projeto piloto, nosso teste, para que no futuro novas unidades sejam implementadas nesse novo modelo educacional”.
Escolas comunitárias
No modelo adotado na capital gaúcha, a Prefeitura faz um termo de fomento com uma entidade sem fins lucrativos para que ela seja responsável pelo gerenciamento da escola. A Prefeitura repassa à entidade mensalmente o valor por aluno e a unidade tem autonomia para fazer a gestão pedagógica e financeira, com a contratação de professores, manutenção da unidade e realizar parcerias para implementação dos atendimentos às crianças, como de saúde e assistência social.