Prefeitura de Porto Nacional rebate Martins: “Residências e lotes não têm imunidade”
Da redação JM
Constitucional
A Prefeitura alega que as cobranças feitas estão dentro da norma constitucional, pois não tem tributado os templos em si mesmos, mas residências e lotes de propriedades das igrejas e estes últimos não têm isenção.
“A a isenção tributária prevista na Constituição Federal é apenas para o local onde funciona o templo. Residências e lotes não têm imunidade“, diz o comunicado.
A nota pontua ainda que o gestor não pode “ampliar” a isenção e por isso o motivo da cobrança contínua, sob “pena do gestor responder por redução e negligência de receita.”
Confira na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Secretaria Municipal da Fazenda informa que a Prefeitura de Porto Nacional não cobra impostos dos templos religiosos de nenhuma denominação. Mas, esclarece que a isenção tributária prevista na Constituição Federal é apenas para o local onde funciona o templo. Residências e lotes não têm imunidade. A isenção é dentro destes termos, é constitucional e não cabe ao Município amplia-lá, sob pena do gestor responder por redução e negligência de receita.
Entenda o caso
O vereador Filipe Martins (PSC) usou a tribuna da Câmara de Palmas, na manhã desta quarta-feira (27), para criticar a insistência do prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, em tributar as igrejas prejudicando o trabalho das mesmas.
O parlamentar apontou que segundo o artigo 150 da Constituição Federal, as igrejas e templos religiosos são imunes da cobrança de impostos por parte da União, Estados e Municípios. Outro ponto levantado foi o retorno do trabalho social das igrejas.
“O prefeito de Porto Nacional não está reconhecendo o poder das igrejas de contribuir com o Poder Público. Estudos mostram que a cada R$ 1,00 que as igrejas recebem imunidade, o governo economiza R$ 5,00 por conta dos serviços de assistência social e recuperação de dependentes químicos realizados pelas igrejas. Essa cobrança de impostos pode inviabilizar financeiramente a prática de determinadas religiões, sobretudo aquelas com menor número de fiéis. Peço que o prefeito se sensibiliza e reveja seu posicionamento”, apontou.