A Secretaria Municipal Extraordinária de Energias Sustentáveis preparou um estudo de viabilidade de compensação fotovoltaica para transformar a frota de táxis da Capital em carros elétricos e, assim, diminuir a emissão de gás carbônico no meio ambiente, para se adequar à legislação do Programa Palmas Solar.
Na proposta, a Secretaria aponta que, atualmente, existem 137 taxistas operando em Palmas, percorrendo 185 km por dia, ao custo de R$ 80,00. Com os carros elétricos, essa despesa cairia para R$ 27,00 por dia, percorrendo a mesma distância, além de compensar a emissão de gás carbônico. O estudo foi realizado considerando a possibilidade de aumentar as frotas, uma vez que baixando os custos, aumentaria também a demanda pelo serviço. No entanto, o secretário Extraordinário de Energias Sustentáveis, Sérgio Faria, afirma que tudo deverá ser discutido com o sindicato da categoria e todos os envolvidos no processo.
De acordo com Faria, o projeto está sendo elaborado, uma vez que o Banco de Desenvolvimento Interamericano (BID) sinalizou a possibilidade de financiamento, a longo prazo, para a aquisição dos carros e a implantação dos serviços. O secretário apontou ainda que com a substituição dos táxis por carros elétricos, a emissão de gás carbônico diminuiria e o município deixaria de ter que plantar o equivalente a cinco campos de futebol de árvores por ano, para compensar, com oxigênio, esse gás carbônico produzido pelos carros comuns.
Faria enfatiza que, em contrapartida, seria realizada a compensação fotovoltaica, com implantação de placas de energia solar suficientes para atender a esses carros elétricos, com abertura de licitação para construção de cabines de abastecimentos.
“Esse projeto é muito viável e excelente para aquilo que queremos para a Palmas do futuro. É um projeto de sustentabilidade total, em que estamos colaborando com o meio ambiente de forma específica, transformando a cidade, com uso de energia limpa”, disse Faria.
Palmas Solar
O Programa Palmas Solar conta com uma integração de várias secretarias. Para a implantação do Táxi elétrico, contará com a participação do Instituto de Planejamento Municipal de Desenvolvimento Urbano (Impup), das Secretarias de Finanças, de Infraestrutura e de Planejamento.
Faria afirma que “queremos uma compensação total de energia hidráulica. Para isso, temos vários locais onde poderemos instalar as placas de energia solar, e quando jogarmos essa compensação para a Companhia Elétrica, as contas que teríamos que pagar serão compensadas”.
No futuro, explica Faria, a Prefeitura vai instalar placas fotovoltaicas nos órgãos públicos municipais como escolas, creches, secretarias. E, atualmente, nos projetos de novas obras municipais para qualquer secretaria, é obrigatório entregar o projeto fotovoltaico em conjunto para aprovação. “Temos que adequar a Lei às necessidades e à condição financeira, com a instalação das placas com cronograma planejado, até fazermos uma inversão total do tipo de energia consumida pelo município”, finaliza Faria.
Legislação
O Programa Palmas Solar, conforme a Lei Complementar 327, tem como objetivo mitigar a geração e emissão de gases de efeito estufa; criar alternativas para compensação de áreas degradadas; estimular a implantação, o desenvolvimento e a capacitação no Município, de fabricantes e de materiais utilizados em sistemas de aproveitamento de energia solar.