Da Redação
O pré-candidato a Senador pelo Tocantins, deputado federal Irajá Abreu (PSD-TO), usou a tribuna da Câmara na tarde desta quinta-feira, 10, para falar sobre as principais mudanças que serão aprovadas pela Comissão Especial da Reforma Política, sobre as regras eleitorais no Brasil embasadas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC 77/2003).
Na ocasião, Irajá defendeu o avanço da PEC 282/16, que trata sobre o fim das coligações proporcionais, onde cada partido terá que fazer o seu próprio coeficiente.
“Estamos instituindo uma cláusula de barreiras, para reduzirmos o número de partidos para 12, estabelecendo uma relação política e partidária mais serena e sensata, compatível com as ideias do povo brasileiro”, ressaltou Irajá Abreu.
Irajá Abreu discorreu na tribuna, que a PEC 77 tem dois eixos principais que é a regulamentação de um instrumento de financiamento para as campanhas, e a criação do fundo eleitoral do qual parte dos recursos de campanha serão custeados com recursos públicos. Segundo o texto, seria instituído o Fundo Especial de Financiamento de campanhas, que em 2018 levaria R$ 3,6 bilhões do Orçamento da União.
O deputado afirmou não concordar com os valores inicialmente propostos na PEC. “Precisamos que os gastos sejam compatíveis e razoáveis com a nossa realidade. Vamos fazer uma força tarefa para que possamos ter campanhas mais limpas e equilibradas, compatíveis e serenas”.
Citado em uma das delações de ex-executivos da Odebrech pelo delator José de Carvalho, Irajá é acusado de ter recebido R$ 100 mil da empresa para a campanha de 2014.
Ao finalizar o discurso, Irajá Abreu defendeu o fim da reeleição para os cargos dos executivos, e reforçou a importância do voto majoritário ou “distritão” para deputados federais, deputados estaduais e para vereadores nas eleições de 2018 e 2020.
Pelo “distritão”, são eleitos para o legislativo o candidato que recebeu mais votos. “O voto majoritário ou “distritão” irá corrigir essa distorção, dando mais clareza a nossa população e elegendo aqueles que foram mais votados”, explica Irajá Abreu.