Da Redação JM Notícia
O pré-candidato ao Governo do Tocantins, Carlos Amastha (PSB), pode caminhar para ter dias difíceis no parlamento municipal, e repetir o episódio de 2016, quando a oposição comandava a Casa de Leis, com o vereador Rogério Freitas (PMDB), na presidência, inclusive, sendo maioria na Comissão de Constituição e Justiça. O legislativo ficou na época, praticamente parado por cerca de seis meses.
O jeito inflexível de governar, de não aceitar o contraditório, e de pregar contra a “velha política”, tentando demonstrar que ele [Amastha] é o novo na política estadual, tem trazido sérios problemas para o gestor que nos últimos meses tem enfrentado rejeição da classe política do Tocantins. Um bom exemplo, foi o esvaziamento do seu partido, o PSB, que é comandado por ele no Tocantins.
Um outro exemplo recente, é a diminuição no número de governistas na base de Amastha na Câmara. O primeiro a deixar o barco, foi o vereador do PSDC, Filipe Fernandes, insatisfeito com a gestão Amastha e com a falta de diálogo. Logo em seguida, foi a vez também do vereador do PSDC, Vandim do Povo, que anunciou o rompimento, falando em ameaças e constrangimentos. Em uma das suas alegações, Vandim afirmou que não aceita por parte da gestão, em um momento de crise em que passa o país, a elevação de impostos.
O último a deixar a base disparando contra o prefeito Amastha, foi o vereador Diogo Fernandes (PSD), que preside a comissão mais importante da Casa de Leis, a Comissão de Constituição Justiça e Redação. Fernandes por ocasião da greve dos servidores da Educação, abriu as portas de seu gabinete aos grevistas, cobrou diálogo do prefeito com a classe e foi duramente criticado. “Ele não respeitou a liberdade de expressão e o direito à greve dos professores[…] não poderia compactuar com isso”, disse Fernandes.
Atualmente o bloco independente é composto pelos vereadores: Léo Barbosa (SD), Rogério Freitas (PMDB), Lúcio Campelo (PR), Milton Neris (PP), Júnior Geo (PROS), Vandim da Cerâmica (PSDC), Filipe Fernandes (PSDC), Diogo Fernandes (PSD) e pelo vereador Ivory de Lira (PPL), que deve assumir o mandato no início de novembro, ou seja, a oposição passará então a contar com 09 vereadores no parlamento, de um total de 19.
Nos bastidores, acredita-se que é possível a adesão de mais um vereador ao bloco independente. Com um quadro desfavorável à gestão, será difícil o futuro pré-candidato ao governo, governar a capital.
Reverter – Para reverter o quadro na Casa de Leis, o secretário de Governo, Júnior Coimbra tem tentado dialogar com Vandim do Povo, persuadindo a voltar para a base governista. Aliados do parlamentar garante que ele não volta.