O pastor Tiago Rosas publicou nesta sexta-feira (27), em seu perfil no Instagram, uma crítica ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à atuação do Congresso Nacional. Na postagem, ele questiona a razão de se eleger senadores e deputados, ao apontar que ministros da Corte estariam assumindo o papel de legisladores, mesmo sem terem sido eleitos pelo voto popular.
“Por que a gente ainda elege senadores e deputados, que ganham salários e benefícios altíssimos, quando os soberanos juízes do STF, que não receberam um voto sequer da população, fazem o trabalho de legisladores?”, escreveu.
A publicação gerou engajamento imediato entre seguidores, com mensagens de apoio e comentários reforçando a crítica. Em contraponto, alguns usuários lembraram que a função do Supremo é interpretar a Constituição e não legislar, conforme determina a separação dos Poderes prevista na Carta de 1988.
A crítica do pastor ocorre em um momento de recorrentes tensões entre o Judiciário e o Legislativo. Nos últimos anos, decisões do STF sobre temas sensíveis — como descriminalização, liberdades civis e políticas públicas — têm sido alvo de críticas por parte de lideranças religiosas e setores conservadores.
Segundo a Constituição, cabe ao Congresso legislar e fiscalizar o Executivo. Ao STF, compete julgar ações que envolvam a Constituição Federal. Quando provocado por meio de ações diretas, o tribunal pode declarar normas inconstitucionais ou interpretar dispositivos legais — o que, para críticos, acaba tendo impacto semelhante ao de novas leis.
Tiago Rosas não mencionou casos específicos na postagem. O conteúdo, no entanto, se alinha ao discurso de líderes religiosos e políticos que veem no Supremo uma suposta interferência sobre prerrogativas do Legislativo.