Ponto & Vírgula – Por Francisco Vieira / Vieirinha
Mais uma semana chega ao fim e parece que o enredo de noticias ruins nunca chega ao fim. O país assistiu esta semana, o intenso debate que se travou no TSE. Tudo mostrado ao vivo pelos canais de TV. Nas redes sociais se pode ver uma chuva de criticas pela decisão que foi proferida. Mas o interessante é que existem sempre aqueles que falam por falar. Suas ações não são respaldadas por coerência. Outro dia estavam a defender o atual presidente, a defender o candidato senador que perdeu a eleição em 2014. Muitos se esquecem propositalmente do que defendiam tempos atrás. A falta de coerência, que surge rapidamente não leva em consideração o grau de intensidade da crise econômica atual. A coerência ideológica deve predominar. A coerência é como um casamento. Não podemos permanecer unidos simplesmente nos momentos bons, e nas dificuldades econômicas abandonar o barco. Hoje o que se assiste são os partidos discutindo abandonar suas alianças, para ficar bem na fita para as eleições do ano que vem. Ninguém se preocupa com a crise econômica, a falta de estabilidade no mercado, o aumento do desemprego, da fome. A governabilidade deveria ser prioridade. No entanto o cidadão se vê afogado neste noticiário sobre corrupção, lavajato. Pergunte ao pobre, ao necessitado se ele se importa com isso? O cidadão quer saber é quando isso vai terminar. Quando o emprego vai voltar, quando os hospitais, as escolas, a segurança pública vão melhorar. Agora num eterno jogo de culpa, ficam dizendo que o dinheiro da corrupção poderia ter sido usado nisso e naquilo, como se isso fosse trazer o dinheiro roubado de volta e melhorar a situação atual. O passado já ficou para trás. Não adianta ficar vivendo num eterno mundo de jogar a culpa nos políticos. Eles não irão consertar o Brasil. O que irá consertar o Brasil é o cidadão consciente. É o filho ser ensinado princípios em casa pelos pais.
Grande ilusão achar que existem salvadores da pátria em Curitiba ou outro lugar. O povo não elege membros do judiciário do ministério publico. O povo elege o executivo e o legislativo. Estes poderes é que devem conduzir o país. Não as manchetes de jornais sobre corrupção que afetam a imagem do Brasil no exterior.
O que se precisa neste momento é que os gestores em Brasília governem e conduzam a nação para fora deste buraco. É preciso uma mensagem tranquilizadora para dissipar dúvidas sobre a segurança jurídica e a força da separação de poderes. Uma turbulência política não pode significar uma turbulência institucional e econômica. E tenho dito.