Ponto & Vírgula – Por – Francisco Vieira Vieirinha
“A moral” ou “O moral”
Quando chegamos a pensar de verdade que estão fazendo um limpa na corrupção do país, acredito que faltou um vocábulo que precisa ser bem explicado e compreendido pela a população, é a palavra moral e suas aplicações. Se o eleitor não estiver preparado para vivenciar ás chances de poder fazer mudar a sua postura. Escolhi como tema desta semana no artigo ponto e vírgula, “A moral” ou “O moral”. Na semana que passou acompanhamos de tudo e vimos acontecer cada uma em nosso país, a moral soberana ficou lá embaixo.
E ainda na sexta feira veio a surpresa do pedido espontâneo de Renato Duque para prestar informações ao Juiz Sérgio Mouro. Renato Duque era diretor indicado pelo PT e ainda não fechou acordo de Delação premiada. A defesa de Duque aproveitou a hesitação de Palloci e se colocou na frente porque ambos podem delatar assuntos comuns aos dois. O certo é que o cerco se fecha, enquanto isso os acusados insistem em dizer que tudo é mentira e não passa de perseguição. Pior que a maioria acredita, não fosse assim Lula não estaria liderando todas as pesquisas de intenção de voto. Depois dizem que a culpa é dos políticos. Culpa do eleitor que parece gostar de ser enganado. Não sabemos o que vem pela frente, a verdade é que o eleitor costuma precificar ou acalorar o cenário político, antes que ocorram de fato como acontece com o jovem se esforçando para mover um pesado objeto e não conseguia movê-lo nenhum centímetro. O pai, que ali chegava, parou para observar os esforços do filho. Finalmente perguntou: “Filho, está usando toda a sua força?” “Sim, estou!” “Não”, disse o pai, você não está. Não me pediu para ajudá-lo.
É inquestionável que a Administração Pública exerce um papel fundamental para preservação do princípio da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. Realmente, da Administração Pública depende da concretização de direitos sociais fundamentais, como saúde, educação, alimentação, trabalho, habitação, lazer, segurança publica, enfim, direitos essenciais para a própria sobrevivência humana, com o mínimo de dignidade. Moral da história o ser humano pode compreender melhor a sua liberdade olhando para o passado.
Nesse sentido, a concretização de tais direitos é incompatível com uma administração desonesta e negligente. Fundamental, portanto, que todo agente público desde o do mais alto escalão até o mais baixo, atue com observância irrestrita aos princípios que regem a boa Administração Pública, regra que serve de norte para o administrador público no sentido amplo da qual não pode se afastar. As ruas mostraram e continuam mostrando isso que o povo não tem serviços de saúde adequados, transportes dignos, os estados estão inchados, os gastos públicos são absurdos, a corrupção é institucionalizada, partidos que tem seus eleitos que apoiam o governo tem o seu preço e é muito alto, os conchavos são corriqueiros e escandaloso. A impunidade campeia e os grandes ladrões, corruptos ficam pouco tempo na cadeia e saem por decisões como a dessa semana nos casos conhecidos da Lava jato. De fato estamos no país muito doente! Mas, como tratar desse enfermo grave? Certamente não adianta dar para apenas estancar a sangria que nossos corruptos aparecem. É preciso descer às causas profundas desta enfermidade, um câncer, uma depressão profunda.
E tenho dito.