Da Redação JM Notícia
Segundo a ONG “Voz da América”, três igrejas foram fechadas na Indonésia no mês de setembro para apaziguar os muçulmanos radicais que se organizavam para protestar contra as reuniões cristãos.
As igrejas que tiveram suas portas fechadas foram: Igreja Metodista da Indonésia (Gereja Metodista Indonésia – GMI), Indonésia Christian Huria (Huria Kristen Indonésia – HKI) e a Assembleia de Deus (Gereja Sidang Jemaat Allah – GSJA).
As autoridades colocaram um aviso nas portas dos templos dizendo que eles estavam “lacrados por falta de permissão”, mas os líderes cristãos contestaram a explicação dizendo que para não contrariar os muçulmanos radicais, o governo local da ilha de Sumatra, na cidade de Jambi, evita dar permissões para igreja ou retira das que já conseguiram.
“Há milhares de outros lugares de culto que não têm permissão, mas continuam ativos”, disse à VOA o secretário geral da Comunhão de Igrejas da Indonésia (PGI, na sigla em inglês). Nós temos nossas igrejas. Eu posso entender se o governo local nos proibir de ter as permissões, caso usássemos os edifícios para atividades criminosas, mas nós os usamos para louvar a Deus”.
Reclamações geraram os fechamentos
Segundo notícias do a Morning Star, grupos muçulmanos enviaram uma carta à Prefeitura dizendo que as igrejas geravam incômodos e que eles estariam organizando uma reunião com autoridades municipais e a Frente Islâmica dos Defensores (FPI), o Conselho Indonésio Ulema (MUI) e o Fórum para Harmoniosos. Nenhum representante da igreja recebeu a carta de convite sobre tal reunião.
Logo depois, agências governamentais, policiais e outras autoridades apareceram para fechar as igrejas. O porta-voz da Voz da América”, Abu Bakar, disse que os a informação que lhe passaram é que a decisão “era apenas uma ação temporária devido a objeções” feitas por “moradores da região” e “por questões administrativas”.
A Indonésia ocupa a 38ª posição na lista dos 50 países onde há os maiores casos de perseguição religiosa organizados pelo ministério Portas Abertas.