Da redação JM
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil em Araguaína, norte do Tocantins, na manhã desta sexta-feira (5) durante nova fase da operação Catarse. A investigação apura a existência de servidores fantasmas no governo do Tocantins. Os investigados estariam lotados na superintendência de Administração e Finanças da Secretaria Geral de Governo, mas segundo a Polícia Civil nunca desempenharam as funções.
De acordo com a polícia, o homem investigado é servidor público concursado do Naturatins, mas foi cedido para a Secretaria Geral ainda em 2016. Ele ganha mais de R$ 11 mil por mês no estado, supostamente sem trabalhar, e também é funcionário da Prefeitura de Araguaína.
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A outra investigada é a dona de um despachante e tinha um contrato temporário desde 2018. Ela também nunca teria trabalhado na Secretaria Geral.
O delegado José Anchieta de Menezes informou que eles chegaram a ser demitidos em 2018, mas foram recontratados e continuavam recebendo sem prestar serviços para o Estado. “Esses servidores estavam lotados na Secretaria Geral de governo, na superintendência de administração e finanças. Justamente onde tinha 25 computadores e mais de 300 funcionários lotados”, explicou.
O delegado informou que apreendeu documentos e equipamentos eletrônicos. O suspeito foi levado para prestar depoimento durante a manhã e ficou em silêncio. A outra investigada foi intimada e deve ser ouvida na próxima semana.
Até agora a Delegacia de Investigações Criminais de Araguaína já indiciou 12 pessoas que seriam funcionárias fantasmas do governo. Todas estavam lotadas na mesma pasta, a Secretaria Geral de Governo.
A Operação Catarse é uma força-tarefa de várias delegacias do estado para investigar danos ao erário público. As investigações começaram após denúncias de funcionários fantasmas do governo do Estado em Araguaína, norte do Tocantins, em dezembro de 2018.