Da Redação JM Notícia
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (20) o comerciante Assad Ahmad Barakat, 51 anos, suspeito de ser um dos principais nomes do Hezbollah, organização islâmica libanesa.
Ele foi encontrado e detido durante a madrugada na cidade de Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira que liga o Brasil à Argentina e Paraguai. Barakat, segundo a PF, seria operador do grupo financeiro na região, responsável por lavar o dinheiro do tráfico de armas e drogas.
Desde agosto de 2017 havia um mandato de busca internacional contra ele, acusado de utilizar documentos falsos.
Além da polícia brasileira, as autoridades paraguaias estavam na mira de Barakat, suspeitando que ele seria o responsável pelo financiamento da ação terrorista contra a associação judaica argentina AMIA que aconteceu em 1994. O atentado deixou 85 mortos e centenas de feridos, mas apesar das suspeitas, a acusação contra ele nunca foi provada na Justiça.
Ao saber da prisão do libanês, o ministro do Interior paraguaio, Juan Ernesto Villamayor, comemorou a ação policial da PF e declarou que seu país já havia emitido uma ordem de prisão contra ele por uso de documentos falsificados.
Segundo consta, Barakat mora em Foz do Iguaçu desde 1987, ele veio para a América do Sul na década de 80 fugindo da guerra civil. Em 2001 chegou a ser preso no Brasil por crimes de associação ilícita e sonegação de impostos, sendo extraditado para o Paraguai , onde cumpriu pena em 2009. Depois deste período, seu paradeiro era desconhecido. Com informações El País