Pesquisa aponta que adolescentes preferem igrejas que apoiam causas de justiça social e saúde mental
Uma nova pesquisa realizada pela Barna em parceria com Alpha, Biblica e World Vision descobriu que um quarto dos adolescentes em todo o mundo acredita que a igreja perdeu sua eficácia como uma força contra a injustiça, a pobreza e os desafios ambientais. No entanto, a Geração Z dos Estados Unidos tem uma visão mais otimista do papel da religião organizada na melhoria da sociedade. De fato, 37% dos jovens americanos acreditam que a igreja está “definitivamente causando impacto nessas questões”. Esse número sobe para mais de dois em cada cinco entre os cristãos e adolescentes de outras religiões.
A pesquisa foi realizada com mais de 25.000 adolescentes em 26 países em 2021 e 2022, e os autores do estudo observaram algumas diferenças notáveis na “Geração Aberta”. Eles descobriram que há uma leveza entre os adolescentes de hoje que é menos comum entre os jovens adultos, e uma urgência na necessidade de abordar a tensão emocional, a incerteza espiritual e o isolamento social que afetam os jovens americanos.
A Geração Z é caracterizada por um intenso compromisso de servir através de preocupações sociais, raciais e ambientais influenciadas por onde vivem. A pesquisa também encontrou diferenças significativas por gênero, com os rapazes nos Estados Unidos relatando mais otimismo, satisfação com suas escolhas e capacidade de atingir seus objetivos do que as mulheres da mesma geração. As mulheres relataram mais ansiedade sobre decisões importantes, medo do fracasso e incerteza sobre o futuro.
Igrejas no Brasil podem seguir tendência
A pesquisa mencionada aponta para uma tendência global de que muitos jovens estão buscando igrejas que estejam envolvidas com causas sociais e que promovam a justiça e a melhoria da sociedade. Isso sugere que as igrejas aqui no Brasil também podem se beneficiar ao se envolverem mais em questões sociais e ambientais que afetam a comunidade em que estão inseridas.
Além disso, é importante que as igrejas busquem ouvir e compreender as necessidades e desafios enfrentados pelos jovens, para que possam fornecer um ambiente acolhedor e relevante para a próxima geração. As igrejas brasileiras também podem se inspirar no exemplo de algumas congregações nos Estados Unidos que estão se dedicando a causas sociais e defendendo a justiça social, o que pode contribuir para uma maior conexão entre os jovens e as comunidades religiosas aqui no Brasil.