Além da ameaça da Covid-19 (coronavírus), a Guiné passa por um momento turbulento. No dia 22 de março, a população participou da eleição de 14 membros da Assembleia Nacional e de um referendo constitucional. Houve uma manifestação da sociedade civil e da Frente Nacional de Defesa da Constituição em oposição à suposta manobra do executivo para se manter no poder por mais tempo. Os policiais reagiram com munição real; houve dez mortes e muitos feridos. Além disso, quatro igrejas foram incendiadas durante os protestos.
No referendo, a população deveria escolher se a presidência teria um limite de dois mandatos ou se o tempo no cargo aumentaria de cinco para sete anos. Se a nova proposta for aprovada, o atual presidente, Alpha Conde, se manteria no poder e os mandatos anteriores dele não valeriam, então poderia concorrer às eleições.
Um membro da equipe regional da Portas Abertas confirmou os incidentes, mas disse que ainda estão verificando a motivação dos incêndios. Se foram resultados de problemas políticos, tribais ou religiosos. “Estamos investigando. Mas a situação é muito volátil e os cristãos em geral e nossos parceiros precisam de oração. Quando conversamos com um pastor local por volta das 16h50, horário local, no domingo, ainda podíamos ouvir tiros. O líder cristão estava realmente preocupado com a noite seguinte”, compartilha.
Um cristão foi morto enquanto guardava uma igreja na Guiné. Jaennot Vert supervisionava os trabalhos de uma construção próximo ao edifício religioso, quando foi atacado por extremistas. Durante a tentativa de fuga, o cristão foi abordado, executado, e a casa dele destruída por um incêndio. A família de Vert não estava na residência no momento do ataque e precisa das orações dos irmãos e irmãs espalhados pelo mundo para superar a dor da perda.