Da Redação
O PDT que possui uma bancada com 28 deputados federais e 4 senadores, decidiu nesta segunda-feira (18) fechar questão contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro. Segundo o presidente do partido, Carlos Lupi, parlamentares que não votarem contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estarão sujeitos a suspensão ou expulsão do partido. O partido tem entre os seus quadros a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu.
A decisão foi tomada em reunião na sede do partido em Brasília. Lupi afirma que o PDT não é contra uma reforma do sistema previdenciário brasileiro, mas que o texto da equipe do Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem “vícios originais” que impedem o apoio da sigla.
“O governo apresenta para a sociedade uma conta falsa do déficit previdenciário”, afirma Lupi. “Se o governo quiser fazer qualquer proposta de reforma da Previdência, tem que apresentar as contas verdadeiras com transparência”.
Segundo o presidente do partido, congressistas que não seguirem a orientação de votar contra a reforma estarão sujeitos “às sanções previstas no Estatuto, que vão da suspensão à expulsão”.
Discordâncias
O PDT considera que o governo “maquia” o déficit real da Previdência ao considerar a Desvinculação de Receitas da União (DRU) no cálculo. Além disso o partido quer que o governo explique se houve isenções fiscais na Previdência e ataque a sonegação.
Os pedetistas também são contra tópicos específicos da reforma, como a proposta de redução do valor pago no Benefício de Prestação Continuada (BPC), recurso pago a definicentes físicos ou idosos em situação de miserabilidade. Hoje ele é pago a idosos a partir de 65 anos, no valor de um salário mínimo (R$ 998). A equipe econômica quer que o beneficiário receba já a partir dos 60 anos, mas o valor mensal seria de R$ 400 até que ele complete 70 anos.
Com informações Congresso em Foco