Da Redação JM Notícia
A decisão do ex-prefeito Carlos Amastha de vetar dispositivo que impediria as igrejas e entidades sociais de serem obrigadas a apresentarem o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para construírem novos prédios está sendo comentada por pastores da capital e lideranças evangélicas.
O apóstolo Gláucio Coraiola, da Rede Apostólica Servo da Orelha Furada, disse ao JM Notícia que a Ordem dos Ministros Evangélicos de Palmas (OMEP), da qual é ex-presidente, deve unir os pastores e se juntarem à Câmara Municipal para derrubarem o veto.
“As igrejas devem trabalhar junto aos vereadores para que o veto seja derrubado porque vem prejudicar um dos organismos mais vivos da sociedade que é a igreja, que é uma entidade que deveria ser apoiada em tudo, porque ajuda a sociedade de uma maneira total e global”, declarou.
Os serviços da igreja vão além da diminuição da violência e do consumo de drogas, mas em outras áreas que venham a afetar a sociedade e gerar perdas. “A igreja é uma das entidades que mais investem na comunidade e em sua vizinhança, por isso, ao dificultar a criação de novas igrejas estamos tirando a oportunidade da comunidade ter uma melhor condição de vida”, completa o apóstolo destacando o trabalho social das igrejas.
“Uma porta de igreja aberta é uma porta a menos de boca de fumo aberta”, declara o pastor que entende a importância da igreja na reestruturação familiar que é importantíssima para a formação da sociedade.
Na visão dele, Amastha cometeu um equívoco, mas que a Câmara poderá se posicionar e então derrubar o veto que tanto impactará as igrejas, pois o EIV é um documento de alto custo e poucas igrejas teriam condições de investir em algo assim.
O Apóstolo Ronaldo Souto, presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros do Tocantins, também comentou o caso dizendo que de fato os pastores de Palmas devem se organizar para que o veto seja derrubado pelos vereadores. “Eu vejo que as igrejas pequenas vão ter dificuldades em arcar com este custo”, declarou. “Vamos unir os conselhos, as ordens de ministros e as igrejas para fazer uma pressão em relação a isso”, garantiu.
Mas o pastor entende que as igrejas não querem causar impacto ruim para suas vizinhanças. “Pelo contrário, a gente quer ser benção”. Porém, ele entende que a questão de som e estacionamento devem ser analisadas pelos líderes e readequados para não causar incômodo com os vizinhos.
“A igreja tem que ter liberdade para trabalhar, o Evangelho não incomoda, ele só traz benefícios e a gente readequando questões como o som e essas coisas, a gente já consegue conduzir bem essa questão. Nós, pastores, vamos discutir isso e vamos correr atrás sim”.
O ex-presidente da OMEP-TO, pastor Carlos Roberto, líder da Igreja Casa da Bênção no Tocantins, afirmou que o veto não é bom para as igrejas:
” Você sabe que esse veto não é bom […] esse custo não é barato. Algumas igrejas vão conseguir fazer, outras não. Acredito que os pastores precisam se reunir e conversar com os vereadores e quem sabe, marcar uma fala com a prefeita Cinthia Ribeiro. Precisamos nos mobilizar”, disse Carlos Roberto.
O deputado estadual Eli Borges (PROS) também se pronunciou sobre o veto e diz lamentar a atitude do ex-prefeito:
“Na parte que me compete não serei omisso. O povo de Deus precisa continuar sua trajetória e se perpetuar em Palmas e no Tocantins”.