Denise Seixas, viúva do fundador da Igreja Bola de Neve, renunciou aos cargos de presidente interina e vice-presidente da instituição em fevereiro de 2025. A decisão, tomada após um período de reflexão e diálogo com conselheiros, encerrou disputas judiciais envolvendo a liderança da denominação. Ela seguirá como pastora cofundadora, mantendo vínculos com a comunidade religiosa.
Conflitos legais e entendimento confidencial
A renúncia foi formalizada por meio de um acordo sigiloso, que pôs fim a ações judiciais movidas por Denise para garantir sua posse na presidência. O advogado da pastora, Leonardo Girundi, confirmou que o acordo também encerrou investigações sobre suposto desvio de recursos pelo diretor financeiro Everton Ribeiro. Detalhes do entendimento não foram divulgados, mas fontes ligadas à igreja afirmam que a decisão priorizou a “unidade da congregação”.
Trajetória de liderança e legado
Denise assumiu interinamente a presidência após a morte do marido, o apóstolo Rinaldo Seixas (conhecido como Ap. Rina), fundador da Bola de Neve em 2000. Em janeiro de 2025, a Justiça de São Paulo havia validado seu direito ao cargo, mas a pastora optou por abrir mão da posição após meses de tensão interna. Em comunicado, a instituição destacou seu papel histórico: “Ela seguirá contribuindo como cofundadora, honrando a visão deixada por Rina”.
Novos rumos e continuidade
Apesar de deixar a gestão executiva, Denise permanecerá ativa na igreja, com permissão para participar de cultos e eventos. A pastora também dedicará tempo a projetos pessoais, incluindo a gestão de direitos autorais de músicas compostas ao lado do falecido marido. A direção da Bola de Neve não anunciou publicamente quem assumirá a presidência, mas reforçou que “os princípios doutrinários não serão alterados”.