Depois de um longo histórico de prisões, julgamentos e acusações por parte dos tribunais iranianos, mais uma vez, o pastor Yousef Nadarkhani é acusado de agir contra a segurança nacional do país. No último dia 24, ele foi convocado pelo Tribunal Revolucionário do Irã, que fica na cidade de Rasht, pelas acusações de atividades sionistas e por evangelizar muçulmanos. De acordo com a ONG Portas Abertas, o pastor tem o prazo máximo até o dia 31 de julho para pagar uma fiança estipulada no valor aproximado de 33 mil dólares, caso contrário poderá ser preso.
No dia 13 de maio, Nadarkhani e sua esposa Tina Pasandide Nadarkhani foram presos juntamente com Mohammadreza Omidi, Yasser Mossayebzadeh e Saheb Fadaie. Logo após, o casal foi liberado, mas os outros três tiveram que pagar a fiança do mesmo valor, cada um, para serem libertados.
A história do pastor começou em 2006, quando foi acusado de apostasia. Ele evangelizava os muçulmanos e, desde então, passou a ser perseguido pela justiça do país. Na ocasião, os juízes pediram para que ele se “arrependesse” diante do tribunal, mas Nadarkhani respondeu: “Arrependimento significa voltar atrás, e eu voltaria para quê? Para a blasfêmia que eu vivia antes de conhecer a Cristo?” Os juízes retrucaram: “Você deve voltar para a religião dos seus antepassados, deve voltar ao islã”. Então ele decidiu: “Eu não posso fazer isso”. E desde então, a perseguição a ele continua.