Da Redação JM Notícia
O pastor Ciro Sanches Zibordi resolveu escrever um artigo para pedir mais respeito aos youtubers cristãos, principalmente os de canais de humor.
O pastor aproveitou a participação de Vinícius Rodrigues, do canal “Tô Solto” no programa “Conversa com Bial”, da Rede Globo, para compartilhar uma entrevista feita com ele para a revista Geração JC, ano XIII, número 106 (CPAD, 2015) a respeito dos limites do humor cristão.
Nessa entrevista ele afirmou que o próprio apóstolo Paulo se valia do humor para pregar e defender o evangelho, mas que usava esta estratégia como meio e não como um fim.
“O problema do chamado humor evangélico é que o seu objetivo, claramente, é a autopromoção. Muitos jovens estão fazendo vídeos de humor, prioritariamente, para serem vistos, e não para glorificarem a Deus”, afirmou Zibordi.
O pastor da Assembleia de Deus de Niterói, no Rio de Janeiro, entende que há limites para o humor cristão e ensina dois pontos para os humoristas do ramo: tudo o que fazemos deve glorificar a Deus e se abstenha de toda aparência do mal.
Ele diz que um jovem pode sim fazer um vídeo de humor para satirizar o culto pentecostal, mas que irá indagar este mesmo jovem sobre se ele realmente deve fazer isso como servo de Deus.
“Embora não haja proibição expressa na Bíblia ao humor, quando o empregamos devemos perguntar a nós mesmos: Isso glorifica a Deus, convém aos cristãos e os edifica?”, diz Ciro Sanchez Zibordi.
Outra dica que o pastor dá a quem quer usar o humor como forma de evangelismo é não aparecer mais que Jesus Cristo. “Quando alguém prioriza o humorismo e o utiliza como o fim, e não como um meio, quem fica em evidência? A Pessoa central do Evangelho, ou o humorista?”
Sátira x Humor
Há uma linha tênue que divide humor da chacota, da sátira que mais humilha certo grupo do que traz mensagens descontraídas e no meio do humor evangélico isso também acontece. “De que maneira vídeos que satirizam a fé cristã ou o culto evangélico de modo ultrajante estão aproximando os pecadores de Jesus Cristo? Quando há bom senso, pregar o Evangelho usando o humorismo pode ser um meio válido. Mas valer-se da comicidade para autopromoção na Internet, tendo a evangelização como álibi, é um grande engano”, escreveu Ciro Zibordi.