Da Redação JM
A Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Estado da Bahia, realizará nos dias 03 a 08 de dezembro de 2018, a eleição para a nova Mesa Diretora da entidade. A eleição conta com quatro candidatos que irão disputar à presidência da CEADEB; são eles: Pastor Valdomiro Pereira da Silva, atual presidente que comanda a CEADEB há 12 anos; Pastor António Carlos Miranda Cintra; Pastor Hugo Noival Santana e o pastor Marconiedson Simoes Fagundes Rosa.
O pastor sargento Isidório, que concorre independente ao cargo de 2º vice-presidente da Mesa Diretora, oficiou a atual diretoria para averiguar quais os valores gastos mensalmente com a presidência e a mesa diretora da CEADEB.
O JM Notícia teve acesso ao ofício do dia 26 de novembro que revela, segundo o pastor Isidório, ‘ruídos’ de que a atual presidência recebe de prebenda da Convenção cerca de 30 (trinta) salários-mínimos ( R$ 28.620,00), fora o que já recebe como presidente do campo de Salvador, o que totalizaria quase R$ 48 mil reais por mês.
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“É sabido também, que os presidentes da CEADEB acumulam salário de seus campos, que no caso de Vossa Reverendíssima, que é o novo presidente do campo de Salvador/BA, recebe o valor de aproximadamente de 20 (vinte) salários-mínimos, que corresponde o valor de R$ 19.080,00 (dezenove mil e oitenta reais), isto quer dizer, que o valor recebido por um presidente de convenção é igual R$ 28.620,00 (vinte e oito mil, seiscentos e vinte reais) mais R$ 19.080,00 (dezenove mil e oitenta reais)da ADESAL que totaliza o valor de R$ 47.700,00 (quarenta e sete mil e setecentos reais)“, diz a solicitação.
A maioria sofre
Para o pastor Isidório, caso seja confirmado essa informações dos gastos exorbitantes com a Mesa Diretora, a Convenção deve rever esse quadro tendo em vista que a maioria dos demais pastores da convenção não ganham sequer dez salários mínimos e além disso devem ainda repassar 6% dos valores arrecadados nos campos para a Convenção. Isidório defende que fosse interrompido esse repasse ou, pelo menos, reduzido para 2%.
“Por isso até entendo, que os pastores dos campos menores, que passam por grandes dificuldades, tendo até o sustento de suas famílias comprometidos nos mais distantes rincões do nosso estado, mereciam se não gozar de uma anistia do fundo convencional, pelo menos ter a porcentagem diminuída”, pede o pastor que recentemente foi eleito deputado federal sem o apoio da CEADEB.
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Para o pastor que foi eleito deputado federal pela Bahia, sua preocupação com a situação financeira da CEADEB se faz necessário “tendo em vista o novo momento nacional que cobra das instituições seculares transparência, publicidade de seus atos” e que não se pode aceitar uma minoria abastada em detrimento dos “muitos os obreiros do Senhor que sofrem pelos campos a fora sacrificando inclusive as suas famílias (esposas e filhos)“.
Pastor Isidório comenta
Ao JM Notícia, o pastor Isidório afirmou que a igreja não é uma maçonaria e defendeu a transparência dos valores que a convenção gasta mensalmente:
” Eu um documento meu de pedido de providência. As coisas não podem ficar no escuro dentro do evangelho, nos somos crentes e a Bíblia manda que a gente fuja da aparência do mal. Não dá em um tempo de desemprego, em um tempo de miséria absoluta, a gente ver jovem desempregado, a gente ter pastores passando dificuldades com a esposas, com os filhos, nos campos mais secos da Bahia e ter outros, seja quem for, que ganha 30 salários mínimos, que ganha mais 20 salários, 25 salários em outro campo, e ainda tem cartão corporativo, o que é isso? questionou Isidório durante entrevista ao JM.
Pedido
De acordo com pastor Isidório, é apenas um pedido de esclarecimento, tendo em vista, que segundo ele, a CEADEB tem uma receita de cerca de R$ 16 milhões de reais anuais, que são oriundos das igrejas presentes nos 417 municípios da Bahia.
IGREJAS
A CEADEB tem cerca de 5200 igrejas ou congregações, e aproximadamente 300.000 membros em todo o estado.
Confira o ofício na íntegra: