Um jovem de 23 anos foi preso após invadir uma igreja e esfaquear o porteiro e o pastor, em Porangatu, região norte de Goiás. O crime ocorreu durante a realização de um culto e foi flagrado por câmeras de segurança do local (veja vídeo).
O caso ocorreu na noite de terça-feira (26). Nas imagens, é possível ver quando o jovem, que está sem camisa, aparece na porta da igreja. Ele empurra o porteiro, Galeno Vinhal Ribeiro Neto, e, em seguida, o ataca com a faca.
Ferido na mão, o porteiro foi socorrido e levado ao Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), onde segue internado. O G1/GO entrou em contato com a unidade de saúde nesta tarde, mas não conseguiu retorno sobre o estado de saúde do paciente, até a publicação desta reportagem.
Assim que o jovem invadiu o templo e feriu o porteiro, o pastor João de Deus dos Santos, de 52 anos, tentou contê-lo, mas acabou caindo e também foi esfaqueado na nuca. Ele foi socorrido e já está em casa.
“Observei um homem vindo com uma faca grande na mão. Ali, naquele momento, quando eu pulei nele, o meu pé enganchou em um dos fios do retorno do som. Antes de ir ao chão, ele conseguiu me acertar na nuca”, diz.
Quando ele é ferido, as câmeras mostram um tumulto dentro da igreja. Fiéis saem desesperados pelas portas laterais. “Foi muito desespero, uma cena de terror mesmo porque a gente não esperava. Mas graças a Deus, o pior não aconteceu”, disse a cantora Jocivalda Moisés.
Susto
O pastor afirma que o suspeito estava “visivelmente drogado e aparentemente embriagado”. Ele conta que o jovem havia passado a tarde em um bosque que fica em frente à igreja, ponto contumaz e usuário de drogas.
“Ele iria entrar para fazer tumulto. A mãe dele, já falecida, frequentava a igreja. Ele é desviado. Pouco antes, tinha ido lá, mas o porteiro conversou com ele e evitou a sua entrada. Ele saiu, pegou uma faca no bosque e voltou”, disse ao G1.
João de Deus afirmou ainda que, após feri-lo, o jovem saiu manuseando a faca e, por pouco, não atingiu outros fiéis. Alguns dos presentes chegaram a arremessar cadeiras para evitar novos atos de violência. Somente do lado de fora, ele foi contido por um grupo de pessoas até que a polícia chegasse.
Policial militar da reserva desde 2013, o pastor conta que quando viu o agressor, relembrou sua antiga função. “É quase que incontrolável [proceder assim], faz parte. Agi mais por instinto de policial do que de pastor. A intenção era conter o jovem”, afirma.