Da redação JM
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) escolheu o doutor e pastor presbiteriano reverendo Milton Ribeiro, da Igreja Presbiteriana de Santos, para integrar a Comissão de Ética Pública da Presidência. É a 1ª indicação de Bolsonaro ao colegiado, que tem como função investigar ministros e servidores.
A mídia, como sempre, cita na chamada somente o fato do Dr. Milton Ribeiro ser pastor e omite todo seu currículo que o torna apto ao cargo, e não somente por ser “pastor”.
A Anajure emitiu nota em defesa da nomeação do pastor e destacou seu rico currículo.
“Ao referir-se ao Dr. Milton Ribeiro simplesmente como “pastor” e “evangélico”, em tom notadamente preconceituoso, o Portal busca induzir nos leitores o entendimento de que a indicação do Dr. Ribeiro se baseia unicamente no fato de ser pastor evangélico, sendo essa a única qualificação funcional mencionada na matéria. Não que essa atividade tenha, em si, qualquer demérito, mas, por se tratar da indicação para uma função técnica e pública, é necessário mencionar as suas aptidões acadêmicas e experiência profissional, que indubitavelmente o qualificam para o exercício do cargo, mas que, em momento algum, foram mencionadas. Assim, fazemos questão de esclarecer – e nisto fundamentados a afirmação anterior – que o Dr. Ribeiro, dentre outras qualificações, é Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Advogado, Membro da Comissão de Ética e Compliance do Instituto Presbiteriano Mackenzie, foi reitor e atualmente é Membro do Conselho Deliberativo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de Membro do Conselho Deliberativo da Santa Casa de Santos.“, diz parte da nota.
O pastor tomou posse na Comissão –que foi criada em 1999 para apurar a atuação de membros da administração pública federal e identificar possíveis conflitos de interesse– em 21 de maio. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
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O pastor tem mandato de 3 anos, podendo cumprir mais 3. A comissão é formada por 7 advogados, dos quais 6 foram indicados pelo ex-presidente Michel Temer que, em janeiro de 2018, tinha 14 dos seus 28 ministros sendo alvo de processos do grupo. O colegiado não pode punir servidores e ministros, podendo apenas recomendar exonerações ou aplicar sanções administrativas.
Quando assumiu a Casa Civil, o ministro Onyx Lorenzoni demitiu 16 dos 17 servidores que trabalhavam na Comissão, gerando a paralisação das atividades. O objetivo era “despetizar” o governo. Os conselheiros, então, intercederam junto ao presidente para a recontratação.
(Com Poder 360)