Da Redação JM Notícia
O pastor Fagner Rodrigues Pereira, da Primeira Igreja Batista de Tocantínia, na região central do estado, foi afastado do cargo por uma liminar concedida pela Justiça. A decisão se deu mediante a uma ação movida por um grupo de 12 fiéis que alega que o pastor tentou mudar a doutrina e introduzir práticas que contrariam os princípios da religião.
De acordo com o advogado do grupo de fiéis, Silas Araújo Lima, as mudanças começaram pelo estatuto há quatro anos, inclusive proibindo mulheres de subir ao altar durante os cultos. “Se trata de desvio doutrinário por parte do pastor. Ele foi introduzir na Igreja Batista de Tocantínia, que tem 80 anos, práticas não condizentes com a doutrina Batista. Entre as quais a inferiorização da mulher”, disse o advogado.
Antes de chegar na Justiça, o caso foi levado ao conhecimento do Conselho Batista do Tocantins e um grupo de 15 pastores decidiu exonerar o líder religioso em fevereiro deste ano. Porém, Pereira se recusou a acatar a decisão e tentou expulsar os membros da congregação que discordavam dele.
A decisão judicial foi dada no dia 15 pelo juiz Alan Ide Ribeiro, caso o pastor não cumpra a decisão do conselho, terá que pagar multa de R$ 1 mil por dia. Cabe recurso.
Pastor irá recorrer da decisão
O advogado Adriano Coraiola, que defende o pastor, disse que vai recorrer da decisão e que nem ele ou o cliente foram intimados para cumprir a determinação do juiz. Coraiola disse ainda que o processo é político e que a igreja de Tocantínia tem autonomia soberana sobre as decisões internas. Ele disse que o pastor vai se manifestar assim que tiver mais esclarecimentos da medida do juiz.