Da Redação – Dermival Pereira
Psicóloga Marisa Lobo diz que livro com conteúdo que faz apologia ao diabo, distribuído pelo MEC, pode causar histeria psicológica em crianças.
A psicóloga Cristã e Cristã Marisa Lobo, uma das mais bem conceituadas do País, comentou durante entrevista concedida ao JM Notícia nesta quinta-feira, 9, acerca da distribuição do livro “A Máquina de Brincar” do autor Paulo Bentancur em escolas públicas, pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). O material paradidático vem causando polêmica e dividindo opiniões de pais, políticos e seguimentos religiosos, por supostamente abordar “conteúdo que faz apologia ao diabo”.
O Livro foi distribuído nas escolas públicas de Goiânia e gerou polêmica na Câmara de Vereadores, durante sessão desta semana. O tema foi levado a público pelo vereador Rogério Cruz (PRB) que apresentou requerimento assinado por 35 vereadores pedindo ao ministro da Educação, José Mendonça Filho, esclarecimentos sobre a adoção do livro “A Máquina de Brincar”. Segundo o parlamentar, a obra faz “um culto a Satanás e debocha de Deus”. Eles também apresentaram uma nota de repúdio.
DESCONSTRUÇÃO
Marisa Lobo informou também sobre o conteúdo do livro: “embora eles tentem passar que é uma brincadeira, quando fazem essa invocação aos demônios, na verdade têm a clara intenção de desconstruir a fé em Deus, das crianças. Ele é feito para que as crianças vejam o diabo como uma pessoa boa, isso com a meta de desconstruir a fé em Deus que elas têm”, analisou.
“Então é uma luta de desconstrução da criança e da religião da sua fé para que ela crie conflitos dentro de casa. É um gerador de conflitos, e conflitos psicológicos também. Por quê? Porque as crianças aprendem sobre Deus, sobre fé, sobre religião, ainda mais Goiânia, que é uma cidade religiosa, que a maioria das pessoas tem fé cristã evangélica ou católica, e essas crianças que estão na escola”.
Para Marisa Lobo em sua entrevista ao JM Notícia, a ideia do MEC é a desconstrução social, sexual e de valores:
“Se forem ver em sala de aula, a grande maioria tem religião e tem fé em Deus, e aprenderam isso com a família. Então a ideia do MEC, desde a entrada do PT e sua permanência no poder, nos últimos 14 anos, é a desconstrução social, sexual, de valores. Para que isso seja atendido, tem que destruir a fé das crianças, porque destruindo a fé, destrói o poder superior, que é o controle social da própria criança”, disse.
De acordo com Marisa Lobo, a ideia é destruir a fé e posteriormente, usar outros artifícios.
“Destruindo a fé você entra com outros artifícios como a ideologia de gênero, por exemplo, com a questão da sexualidade antecipada, e com outras questões desfazendo a moral, porque primeiro tem que desfazer o princípio religioso da criança. E com isso, cria-se outros conflitos, que é o conflito coletivo, psicológico; isso cria uma histeria coletiva, gerando conflito pessoal, familiar, que eu creio que seja a intenção, e ninguém tem o direito de mexer na fé da criança que é sagrada, pois todas as vezes que se mexe com a espiritualidade da criança, gera uma histeria”, criticou.
Marisa afirmou ainda que “o MEC faz campanha para não se falar em religião dentro da sala de aula, mas aí eles falam do diabo que é uma religião satanista”.
RELIGÃO SATANISTA
Para Marisa Lobo, o MEC está impondo uma religião satanista nas escolas públicas do país:
“Então eles estão impondo uma religião satanista, não é um mito, como eles falam que Deus é um mito. Quem é a escola para dizer para à criança que Deus é mito, que Deus é ruim? Quem está colocando esses valores? Quem está escolhendo esse livro, que é um livro particular colocado como material paradidático dentro das escolas? Quem está fazendo isso? São pessoas que têm a clara intenção de participar dessa engenharia social que trará mudanças de paradigmas e de cultura para forçar a quebra da religião”, afirmou.
Ao JM Noticia, Marisa lembrou que o livro “A Máquina de Brincar”, do autor Paulo Bentancur, já existe nas escolas há mais de 4 anos, como existem outros livros como o que trata do kit bruxaria, no Mato Grosso, onde um vereador questionou o conteúdo do livro que ensina as crianças a fazerem bruxaria e fala de Deus como um ser mitológico e mal e o diabo como bonzinho:
“Isso é uma mudança de quebra de paradigmas, mudanças de cultura, isso é uma doutrinação satanista. O Satanismo acredita em Deus, mas o odeiam, e odeiam porque eles acham que o diabo é um coitadinho que foi expulso do paraíso. Eles querem destruir as raízes históricas de Deus, todas as pessoas que acreditam em Deus, têm que se levantar contra isso. Isso é a destruição da cultura brasileira, da religião. Como eles não podem fazer isso com os adultos, porque já tem uma fé formada, eles fazem isso com as crianças. Quem escolhe esses livros é cruel, porque escolheu para desconstruir a fé das crianças e aquilo que elas aprendem em casa”, finalizou.
Entenda
Após a distribuição do livro em escolas públicas de Goiânia, o assunto foi parar no parlamento municipal da cidade. O vereador Rogério Cruz (PRB) subiu à tribuna nessa terça-feira, 7, para apresentar requerimento assinado por 35 vereadores que pede ao ministro da Educação, José Mendonça Filho, que apresente esclarecimentos sobre a adoção do livro “A Máquina de Brincar” de Paulo Bentancur. Segundo ele, a obra faz “um culto a Satanás e debocha de Deus”. Eles também apresentaram uma nota de repúdio.
“O livro é dividido em duas partes: para ler no claro e para ler no escuro. É composto de vinte e cinco poemas onde o autor indica que são para curtir na primeira parte e bater os dentes atemorizados na segunda”, explica ele. “Também indica a leitura de páginas no escuro, páginas essas na cor preta com letras cor vermelho sangue onde fala de bruxas, fantasmas, e faz um verdadeiro culto a satanás e debocha de Deus”, prossegue.
Na opinião do parlamentar, o livro pode “assustar e traumatizar” as crianças, porque conteria ilustrações e textos inadequados. “Não é um material próprio para criança, pois tem ensinamentos de invocação ao diabo, tratando-se, na verdade, de um livro de terror e não se mostra de cunho pedagógico”, pontua o vereador.