Da Redação JM Notícia
A Associated Press tem divulgado que o governo da China tem investido na repreensão ao cristianismo, descrito como “novo esforço ambicioso” para barrar o crescimento da religião no país.
Igrejas estão sendo fechadas e Bíblias são apreendidas, além de outras restrições feitas aos cristãos, inclusive obrigando o registro de todos os fiéis que passam a ser investigados pelo governo.
Em março a igreja com cerca de 200 fiéis foi alvo de uma operação policial que ordenou o pastor de 62 anos a retirar a cruz, uma pintura da Última Ceia e um versículo bíblico da parede. Além de impedir a realização do culto, todos os membros presentes foram registrados pelas autoridades.
O Partido Comunista tem o cristianismo como inimigo, liderados por Xi Jinping, os chineses assistem a liberdade religiosa cair a cada momento, ainda que tal liberdade esteja garantida na constituição daquele país.
“Eles nunca foram tão severos antes, não desde que comecei a ir à igreja nos anos 80. Por que eles estão nos dizendo para parar agora?”, questiona o pastor Guo em entrevista à Associated Press.
Nos últimos meses centenas de igrejas domésticas foram fechadas, bíblias foram apreendidas e vendedores de Bíblia pela internet foram forçados a fecharem suas lojas.
Fora isso, em algumas áreas as crianças chinesas foram impedidas de frequentarem uma igreja, cristãos foram obrigados a substituir fotos de Jesus pelo rosto do Presidente Xi Jinping, entre outras violações de liberdades individuais.
Especialistas afirmam que o governo tem provido a “mais sistemática supressão do cristianismo” na China desde 1982, quando a constituição passou a garantir a liberdade religiosa.
“Xi é um maoísta reservado – ele está muito preocupado com a liberdade de pensamento”, disse Willy Lam, da Universidade Chinesa de Hong Kong, à AP. “Ele definitivamente não quer que as pessoas sejam membros fiéis, porque as pessoas professariam sua lealdade à igreja e não ao partido, ou mais exatamente, ao próprio Xi”, completou o estudioso.