Na última sexta-feira (14) o Exército do Paquistão prendeu uma estudante do segundo ano de Medicina que iria realizar um ataque suicida em uma igreja durante a Páscoa.
O anuncio sobre a operação, que resultou na prisão da jovem e na morte de seu companheiro e cúmplice, foi feita pelo general Asif Gahaforr nesta segunda-feira (17).
Segundo informações da agência AFP, a jovem presa foi identificada como Noreen Leghari, ela teria jurada fidelidade ao grupo Estados Islâmico (EI) e iria realizar o ato na Catedral do Sagrado Coração, em Lahore, capital de Punyab.
A confissão da jovem foi feita em um vídeo mostrado à imprensa local onde ela aparece usando um véu e confessando que iria usar um colete com explosivos para atacar os cristãos.
“Recebemos o equipamento em 1º de abril, incluindo dois coletes explosivos, quatro granadas de mão e balas. Nos foi dito que deveríamos utilizar estes coletes para atacar uma igreja durante a Páscoa e eu seria usada no ataque suicida”, declarou a estudante.
A ação do exército conseguiu impedir que o atentado acontecesse e repetisse os estragos da Páscoa de 2016 quando um atentado deixou mais de 70 mortos, inclusive muitas crianças. Naquele ano, a ação foi reivindicada por uma facção dos talibãs paquistaneses, o Jamaat-ul-Ahraar, que também utilizaram coletes explosivos no ataque suicida que se tornou o maior já registrado em um domingo de Páscoa.
Atentados crescem no Paquistão e Exército reage
O Exército paquistanês tem tentando impedir o crescimento dos atentados terroristas que desde o início do ano tem se agravado.
Para impedir esses grupos, o general Ghafoor destacou que desde o lançamento de uma nova operação do Exército em fevereiro contra estes grupos a nível nacional.
Até o momento 108 militantes extremistas foram mortos e 558 foram capturados ou se entregaram, incluindo o porta-voz do Jamaat-ul-Ahrar, Ehsanullah Ehsan.