O Papa Francisco removeu o bispo Joseph E. Strickland da administração da diocese de Tyler, no Texas, Estados Unidos, informou neste sábado (11) uma nota da Santa Sé e da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos. Conservador, Strickland tem criticado abertamente o Papa nas redes sociais por posturas “progressistas” e por dar mais responsabilidades dentro da Igreja a leigos. A diocese agora fica como sede vacante, tendo como administrador interino o bispo Joe Vásquez, de Austin, no mesmo estado.
A decisão veio após uma “visitação apostólica”, uma espécie de inquérito disciplinar, feita sob ordens de Papa em junho passado. Ela foi conduzida por Dennis Sullivan, bispo de Camden (Nova Jersey), e Gerald Kicanas, bispo emérito de Tucson (Arizona). O inquérito, entre outros temas, tratou de finanças, mas um motivo específico para a dispensa de Strickland não foi dado.
Normalmente, quando bispos têm problemas, eles próprios abdicam voluntariamente de suas dioceses. É muito raro que o pontífice ativamente os demita, como é o caso de Strickland — é um sinal de que ele se recusou a fazer a renúncia voluntária, como ele próprio indicou que faria nesta situação este ano. Aos 65 anos, o americano estava a uma década de se aposentar.
Strickland estava no cargo desde 2012, escolhido pelo então Papa Bento XVI. Ele é um forte apoiador de Donald Trump e figura influente entre conservadores americanos.
O Papa, aliado do progressismo, não gostou das crítica e tratou de “matar” o ministério de um possível novo Lutero.