Da Redação JM Notícia
Prefeito Carlos Amastha apresentando o Projeto BRT. Foto: Reprodução
Reportagem da revista Exame destaca o polêmico projeto do BRT de Palmas que foi considerado ilegal pela Justiça Federal no início de maio.
O jornalista Leo Branco, diz na reportagem que o BRT (do inglês Bus Rapid Transit), alternativa de transporte público relativamente barata de implantar, ou corredor de ônibus, está virando moda no Brasil.
“Metrópoles como Curitiba e Recife já adotam o sistema e há outros 59 projetos em andamento no país. Alguns são controversos, como o de Palmas, no Tocantins. Se depender da prefeitura, em breve os 270 mil moradores da cidade terão à disposição um BRT capaz de levar por hora 90 mil passageiros — um terço da população da cidade.“, diz ele.
A matéria destaca ainda o número de pessoas que usam hoje o transporte público em Palmas – 90 mil, número pequeno para a capacidade do BRT, enfatiza.
“Orçado em 500 milhões de reais, metade com recursos da União, o projeto prevê uma nova pista no canteiro central da principal avenida da cidade, a Teotônio Segurado, que tem oito faixas. “Nunca vi engarrafamento por lá”, diz a procuradora Renata Baptista, do Ministério Público Federal, autora de um pedido para barrar o uso de verbas federais na obra. “O superdimensionamento é claro.”, diz o trecho final da matéria.
O bloqueio das verbas foi proposto em Ação Civil Pública pelo Ministério Público Federal (MPF). Conforme o órgão, o BRT foi superdimensionado. Para justificar a necessidade de um projeto desse porte, a prefeitura teria apresentado dados inverossímeis sobre a quantidade de usuários. O município informou que Palmas tem 89 mil passageiros por dia.
“Tal demanda é superior à da cidade de Paris, na França, estimada em apenas 60 mil passageiros por dia”, disse o órgão. Além disso, na visão do MPF, o modelo escolhido para Palmas é considerado um dos mais caros do mundo.
“Se o projeto sair do papel, uma coisa é certa: em Palmas, vai ser difícil alguém reclamar de ônibus lotado.”, finaliza o jornalista.