Redação JM Notícia
No segundo dia do XIII Encontro Jurídico da Faculdade Católica Dom Orione, que aconteceu nesta quinta-feira (23), os participantes puderam participar de uma programação mais ampla, iniciada às 14h com finalização após as 21h30.
Na programação estava a apresentação de resumos em e-books e o lançamento do livro “Andando sobre rodas”, da acadêmica Lisandra Araujo da Luz. Antes das palestras, houve uma apresentação musical com João Moreira.
A primeira palestra teve como tema “O poder da oratória no sucesso da carreira jurídica”, ministrada pela professor mestre Alessandro Sanchez que mostrou a importância de vencer o medo de falar em público e dominar a oratória.
“O principal medo que as pessoas têm é falar em público”, declarou o professor ao citar um estudo onde o medo de falar em público é maior que o medo da morte.
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Na explanação, o professor ensinou o compromisso ético do advogado com a oratória listando: a sustentação oral, pedir a palavra “Pela ordem”, dirigir-se aos magistrados, e falar em audiências.
A segunda palestra foi ministrada pelo professor doutor Humberto Cunha Filho, com o tema “Direitos Humanos e Direitos Culturais: fluxos e contrafluxos”. O professor ensinou sobre bioética, biodireito e os casos relacionados a esses temas como células tronco, métodos artificiais de fertilização, entre outros.
Humberto Cunha Filho, promotor aposentado do estado de São Paulo, comentou sobre a falta de legislação sobre esses temas, citando casos que a falta de uma lei específica traz uma série de problemas jurídicos como a inseminação caseira, onde doadores de sêmen estão, na verdade, comercializando o material para casais homoafetivos que desejam ter um filho.
“Há um verdadeiro comércio de venda de sêmen e este comércio não tem como impedirmos, pois não temos uma legislação”, diz o professor ao exemplificar um caso.
O professor, inclusive, citou que apresentou um projeto de lei ao deputado federal Luiz Flávio Gomes para que o teste de DNA seja obrigatório para fins de casamento, para evitar casos de incesto. “Está tudo embaralhado e o direito não consegue acompanhar porque a evolução da engenharia genética é muito rápida e o Direito fica para trás”, completou.
O encontro termina nesta sexta feira com as palestras: “Impactos da economia nas novas relações de trabalho”, apresentada pela professora doutora Thereza Christina Nahas; “Tribunal do Juri Propostas da Lei Anticrime: análise crítica”, com o defensor público Rubismark Saraiva Martins; e “Os Crimes Empresariais e o novo Direito Penal”, com o professor mestre Rogério Cury.