Da Redação
A Polícia Civil prendeu quatro pessoas durante uma operação realizada na manhã desta segunda-feira (17). O principal objetivo é combater fraudes em licitação na Câmara de Vereadores de Porto Nacional. Esta é uma nova fase da operação Catarse, a qual investiga a existência de mais de 300 funcionários fantasmas na Secretaria-Geral de Governo.
Um dos delegados que comandam a operação, Ricardo Real disse que os quatro presos estão ligados a empresas de fachada, investigadas por participação nas fraudes. Duas pessoas presas são de Paraíso do Tocantins, uma de Palmas e outra de Porto Nacional. Os nomes não foram divulgados.
Também são cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Porto Nacional, dois em Palmas e um em Paraíso do Tocantins. Policiais recolhem documentos e outras provas na Câmara de Vereadores, empresas, casas e em um escritório de contabilidade.
Cassiano Oyama, um dos delegados que dão apoio à invesitigação, informou que a operação Catarse vai ser realizada em todo o Tocantins, não apenas para investigar funcionários fantasmas, mas com o objetivo de apurar crimes que causam danos ao erário.
A primeira fase da operação foi realizada no dia 6 deste mês e cumpriu mandados de busca e apreensão em um hotel de luxo em Araguaína, norte do Tocantins. O objetivo era investigar se a dona do local, Kátia Borba Neves, é funcionária fantasma do governo do Estado. A polícia apura prejuízo de R$ 250 mil aos cofres públicos.
No dia 7, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Secretaria-Geral de Governo, onde a Polícia Civil investiga a existência de cerca de 300 funcionários fantasmas. O órgão fica dentro do Palácio Araguaia e serviria para cuidar da parte administrativa do gabinete do governador, da Praça dos Girassóis e de escritórios de representação do governo.
No dia 13, a Polícia Civil informou que estava investigando um homem suspeito de ser funcionário fantasma no gabinete do deputado estadual José Bonifácio (PR). Ele foi identificado como Luzymar Aguiar da Luz. Segundo a denúncia, Aguiar é funcionário do deputado desde 2011 recebendo R$ 2.354,00. Ao mesmo tempo, ele cumpre jornada de trabalho semanal de 44 horas em uma empresa privada em Araguaína desde 2005. A suspeita é que ele tenha recebido mais de R$ 300 mil sem trabalhar.
Com informações G1