Da Redação JM Notícia
Na manhã desta quinta-feira (1º) o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) prestou depoimento na sede da Polícia Federal, como parte das investigações da Operação Ápia, que investiga contratos de empréstimos do governo do Tocantins feitos entre 2012 e 2014.
Essa foi a segunda vez que o parlamentar precisou ser ouvido, em 2017, durante a quarta fase da operação, ele foi levado coercitivamente para depor. A PF trabalha com a suspeita de que o deputado recebia propina de empresários do setor de pavimentação. Segundo o G1, desta vez, a Polícia Federal quer apurar um suposto jantar que teria sido oferecido pelo deputado para empreiteiros.
Desde 2016 a PF tem investigado esses contratos, sendo hoje considerada como a maior investigação da Polícia Federal no Tocantins. Ao longo desses anos, seis fases foram concluídas e vários empreiteiros e políticos foram presos, inclusive o ex-governador Sandoval Cardoso que foi preso, mas conseguiu liberdade após pagar fiança.
Só nas quatro primeiras fases da Operação Ápia foram 90 investigados e cerca de 500 indiciamentos. Mais de 2 mil documentos foram apreendidos e analisados. Além disso, 41 pessoas tiveram bens bloqueados num total de R$ 431 milhões. São casas, apartamentos, fazendas e carros, entre outros.
A Ápia teve como foco contratos de empréstimos do governo do Tocantins feitos entre 2012 e 2014, que somam R$ 1,2 bilhão para 12 obras de pavimentação no interior do estado. A Polícia Federal apurou que o desvio aconteceu no momento em que o Estado pagou indevidamente as empreiteiras por serviços não realizados.