Um alto funcionário das Nações Unidas denunciou nesta quarta-feira duas recentes decisões israelenses que intensificam a colonização na Cisjordânia e solicitou a Israel que acabe com esta prática considerada “ilegal”.
“Os recentes atos de Israel são cada vez mais inquietantes”, afirmou o emissário da ONU para o Oriente Médio, Nikolay Mladenov, diante do Conselho de Segurança.
Ele se referia a uma votação preliminar na Knesset (Parlamento) para legalizar as colônias e a reativação de um projeto de construção de 500 moradias em Jerusalém leste.
“Solicito novamente a Israel que obedeça os reiterados chamados a encerrar a construção ilegal de moradias nas colônias da Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém leste”, declarou.
Israel reativou, segundo uma ONG, o projeto de construção de 500 casas em um bairro de colonização em Jerusalém leste ocupado e anexado, a primeira iniciativa deste tipo após a eleição presidencial americana.
O Parlamento israelense aprovou na quarta-feira passada, durante a leitura preliminar, um polêmico projeto de lei que legaliza milhares de casas construídas para colonos israelenses na Cisjordânia.
A colonização, ou seja, a construção por parte de Israel de moradias civis nos territórios ocupados como Jerusalém leste, é considerada ilegal pela comunidade internacional.
A ONU vê os assentamentos ilegais como um obstáculo maior para alcançar a paz entre israelenses e palestinos, contra a posição do governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, um dos mais direitistas da história de Israel.