Da redação
De acordo com dados do governo de Burkina Faso, divulgados em 4 de abril, no mínimo, 30 civis foram mortos em violência entre comunidades no norte de Burkina Faso e mais 32 mortes foram contabilizadas em ataques de militantes islâmicos no país. Os atos ocorreram entre os dias 31 de março e 2 de abril de 2019 na província de Soum, na região da fronteira com Mali. Localizado na África Subsaariana, Burkina Faso tem altos níveis de perseguição registrados (com mais de 41 pontos), mas não está dentro do Top 50 da Lista Mundial da Perseguição 2019.
Nesse caso, Burkina Faso está na lista de países em observação, ocupando a 61ª posição. Da mesma região da África Subsaariana, conhecida como um lugar cheio de instabilidade, corrupção, pobreza, desemprego e forte islamismo, outras nações também fazem parte da lista de observação, como é o caso de Comores (51), Djibuti (53), República Democrática do Congo (54), Camarões (56), Tanzânia (57), Níger (58), Chade (60), Uganda (62), Guiné (63), Sudão do Sul (64), Moçambique (65), Gâmbia (66), Costa do Marfim (67), Burundi (68), Angola (69), Togo (70) e Ruanda (73).
Um analista de perseguição da Portas Abertas relata que “Burkina Faso e Mali viram um aumento nos conflitos étnicos alimentados por militantes islâmicos que buscam ampliar sua influência sobre a fronteira. Grupos islâmicos ligados à al-Qaeda e ao Estado Islâmico vêm realizando ataques em países da África Ocidental há anos, principalmente na região norte da fronteira. O problema da insegurança e radicalização que inicialmente existia ao longo da fronteira com Mali agora se estendeu para o leste até Níger”.
Em fevereiro de 2019, um líder cristão foi morto a tiros por militantes perto da fronteira de Burkina Faso com Togo e, por isso, muitos cristãos na região fugiram, temendo novos ataques. “Os recentes confrontos são mais um lembrete para os cristãos de que a região da fronteira está se tornando cada vez mais hostil sob a influência de grupos islâmicos radicais”, afirma o analista. De acordo com a mídia internacional, esses ataques ocorreram poucos dias após o massacre de cerca de 160 fulanis em Mali, no dia 23 de março de 2019, reafirmando que a situação na região é bastante tensa e precisa ser alvo das nossas orações.
(Com Portas Abertas)