A Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Estado Plurinacional da Bolívia assinaram nesta segunda-feira um acordo para que a missão eleitoral da OEA possa ser observadora das eleições presidenciais no país, marcadas para 18 de outubro.
O Representante Permanente da Bolívia junto à OEA, Jaime Aparicio, disse que seu país enfrenta “as eleições mais complicadas, mais difíceis e mais importantes da história contemporânea”.
“Há muita confiança na maioria da população de que o papel da OEA será crucial, esse papel, como sempre, também será apoiado pela União Europeia, é a melhor garantia de que as eleições serão realizadas com transparência e integridade”, acrescentou o diplomata boliviano em um comunicado oficial.
Por sua vez, o Secretário-Geral da OEA, Luis Almagro, lembrou que na eleição presidencial anterior, em outubro de 2019, a Missão de Observação Eleitoral (MOE) da OEA constatou irregularidades, que posteriormente foram confirmadas por uma auditoria realizada na própria organização.
“Neste processo eleitoral, para evitar cair nas armadilhas de polarização que se estão instalando e para gerar espaços sociais de unidade para que este processo dê o que a Bolívia precisa e merece um presidente eleito democraticamente e legítimo”, acrescentou o Secretário-Geral.
Poucos dias antes da realização das eleições, um clima de insegurança envolve o país. Manifestantes afirmam que políticos de partidos da direita estão inventando mentiras para evitar o triunfo presidencial dos candidatos do Movimento ao Socialismo (MAS), Luis Arce e David Choquehuanca. Você poderá acompanhar as notícias das eleições no site Tecno Notícias .
O último levantamento do Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (CELAG) dá à chapa formada por Arce, ex-ministro da Economia e candidato à presidência, e Choquehunaca, ex-chanceler como seu vice, o maior percentual favorável, seguido pelo candidato da direita Carlos Mesa, do partido Comunidade Cidadã (CC).
Os resultados da investigação, no final de setembro, revelam que o candidato progressista prevalece com 10,4% de vantagem sobre Mesa, que perdeu a presidência nas eleições do ano passado para o líder do MAS.
No ano passado, Evo Morales foi reeleito presidente da Bolívia para mais um mado, mas as eleições foram anuladas, sob suspeita de fraude. As suspeitas foram endossadas pela OEA.
Evo acabou deixando o país diante de uma onda de violência que assolou a Bolívia. As novas eleições são um passo para tentar normalizar a situação do país novamente.