Da Redação – Ricardo Costa
O jogo é duro! Hoje não foi um dia bom para o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), pré-candidato a governador do Tocantins. Foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção, associação criminosa e cobrança indevida de IPTU. Segundo a PF, as investigações realizadas mostram que agentes públicos agiam em parceria com grandes imobiliárias da região para pressionar os proprietários de terra a cederem, a título gratuito, parte de seus imóveis para pessoas ligadas ao esquema.
A investigação apontou ainda que, para pressionar os donos das terras, a prefeitura de Palmas cobrava altos valores de IPTU, tornando impossível que o proprietário quitasse o débito. Egon Just, no caso, se tornou o maior devedor de imposto da capital por ter uma grande área perto do trajeto do BRT.
O outro caso que abalou neste dia o prefeito Amastha, foi mais uma baixa na Câmara de Palmas entre os seus “aliados”. Desta vez, o vereador que desembarcou do Paço Municipal, foi o vereador Marilom Barbosa, filiado ao PSB, partido presidido no Tocantins pelo prefeito Carlos Amastha.
A saída de Marilom Barbosa deixa de vez o gestor, Carlos Amastha, sem a maioria na Casa de Leis, chegando a dez parlamentares oposicionistas, contra nove governistas. Nos últimos dias, a vereadora Vanda Monteiro anunciou saída da base do prefeito na Câmara de Palmas, no entanto, em menos de uma semana, voltou atrás e afirmou que nunca tinha deixado a base do Prefeito.
Amastha entrará janeiro de 2018 com sérios problemas para aprovar seus projetos e impor sua vontade na Casa de Leis. Neste mês de dezembro, cinco vereadores governistas rejeitaram a orientação do prefeito Amastha e aprovaram a emenda impositiva, que obriga o Poder Executivo realizar as emendas parlamentares até o limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida do ano anterior.
Os vereadores governistas mandaram recado ao prefeito de que a base não anda bem com o gestor, como ele pensa.
Debandada
A debandada de vereadores iniciou-se no dia 18 de abril, com a saída do vereador Filipe Fernandes (PSDC). “Em uma atitude pensada, estou me desligando da base do atual gestor de Palmas”, esclareceu o parlamentar à época. Posteriormente, foi a vez do vereador Vandin do Povo (PSDC) deixar o barco governista, no dia 03 de maio.
Segundo Vandin do Povo, ele teve um “desencontro de ideias. Ficou difícil com o vigésimo vereador, o secretário Adir Gentil, fazendo cobranças”.
No dia 11 de outubro, foi a vez do presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, Diogo Fernandes (PSD) desembarcar da gestão Amastha. Entre as razões que motivaram o parlamentar, ele citou à época, ao JM Notícia, que foi falta de diálogo com o Executivo e rejeição de vários projetos de seu grupo político, que foram abortados pelo Prefeito Amastha.
E o quarto a desembarcar da gestão Amastha é o vereador Marilom Barbosa, que afirmou que agora é adversário político do prefeito:
“A motivação só vai onde realmente a gente concorda, quando tem uma situação a gente tem que procurar novos rumos. Eu vi que não sou bem tratado na base do prefeito, vi que não tenho espaço, muito difícil espaço com relação a arrumar um asfalto, uma estrada… eu vi que eu realmente sou maltratado”.
ELEIÇÕES
O atual cenário na Casa de Leis poderá refletir, e muito, nas eleições de 2018. Amastha sabe que não terá vida fácil. A máquina do Governo Estadual e dos demais grupos políticos estão se unindo para derrotá-lo. Segundo uma fonte, a tendência é de que todos se unam contra Amastha.
Resta saber se Amastha terá coragem, realmente, de deixar a Prefeitura e se aventurar em uma candidatura ao Governo do Tocantins, sendo ele contra todos os grupos políticos do Estado.
Aguardemos os próximos capítulos!!