Da redação JM
O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, ganhou o Nobel da Paz 2019 por sua iniciativa decisiva para resolver o conflito de fronteira com a vizinha Eritreia, no leste da África. O anúncio do 100º Prêmio Nobel da Paz foi feito na manhã desta sexta-feira (11), em Oslo, na Noruega. É o segundo ano consecutivo em que um cristão pentecostal leva o prêmio, informou o teólogo assembleiano Gutierrez Siqueira.
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“Pela graça de Cristo temos visto que o Espírito Santo usa o seu povo para transformação do homem como um todo. Graças a Deus, desde a Rua Azusa temos visto mudanças sociais relevantes!“, disse Gutierrez no Facebook.
Abiy é membro da Igreja dos Crentes no Evangelho Pleno e como primeiro-ministro “procurou promover a reconciliação, a solidariedade e a justiça social”. Ele iniciou importantes reformas que “dão a muitos cidadãos a esperança de uma vida melhor e de um futuro melhor”.
Em 2018, o também cristão pentecostal médico Denis Mukwege (63) dividiu o prêmio com a iraquiana Nadia Mura (25) – uma yazidi vítima do Estado Islâmico. Eles foram laureados com o Nobel da Paz “por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como uma arma de guerra e conflito armado”.
Felicidade
No telefonema em que foi informado do prêmio, o premiê afirmou ter recebido humildemente a premiação e que ficou emocionado:
“É um prêmio dado à África, dado à Etiópia, e posso imaginar como os outros líderes da África serão incentivados a trabalhar no processo de construção da paz em nosso continente. Estou muito feliz e emocionado com a notícia. Muito obrigado, é um grande reconhecimento“, afirmou o laureado.
Após o anúncio, o gabinete de Abiy afirmou que o prêmio é um testemunho “dos ideais de unidade, cooperação e convivência mútua que o primeiro-ministro sempre defende”. O governo etíope anunciou que o país está orgulhoso pelo prêmio.