Pastor Samir Silva – Colunista do JM Notícias
Após o resultados das eleições, podemos afirmar com tranquilidade: Não há aprisco eleitoral, embora ainda exista líderes com anseios de querer manter seu rebanho como reduto eleitoral.
Houve quem conseguiu êxito usando sua influência política, e não a pastoral, conseguindo influenciar até o alcance da sua mão, apesar de ser local e limitado. Houve quem, apesar de não possuir um rebanho, conseguiu mostrar sua capacidade política e inteligência emocional, sobretudo, equilíbrio em lidar nos campos da política e da religião com maestria, sem utilizar do dom Divino para proveito próprio, mas fazer valer sua experiência de vida pública para conquistar mais espaço.
Mas houve também quem não conseguiu direcionar suas vontades ou sequer influenciar nas decisões de seus liderados, deixando o seu candidato preferido a ver navios após a apuração. Talvez por não conseguir entender que o Pastor foi dado às ovelhas e não o contrário. Por não conceber que seu capital intelectual e político é que pode ser negociado na hora do voto e nunca, jamais, os talentos dados por Deus para aperfeiçoamento da igreja. Assim agindo, alguns tem relegado aos porcos as joias do Reino.
Segundo turno vem aí. Será necessário diferenciar, mais que nunca, o sagrado do profano, fontes superiores das inferiores, reino terreno do celestial, o efêmero do eterno, o carnal do espiritual, sendo que este não poderá jamais sobrepor àquele. Quando invertemos esses valores deixamos de perceber que o talento não pode ser enterrado, a candeia não pode ser colocada debaixo do alqueire…
O JM Noticia mostrou, um dia antes das eleições, a divisão da liderança e seus apoios no estado, ficando clara a situação de divergências e o loteamento de ovelhas, contrariando o salmista que nos convida a viver em união, entretanto, continuamos sem conseguir visualizar essa confluência tão salutar e necessária. Quiçá, agora, após esse aprendizado tenhamos pessoas dispostas a somar “politicamente” com ética, trabalho e respeito àqueles que já lideram e possuem influência em todo estado para que se forme uma frente de trabalho em prol de um projeto único, consolidado e capaz de nos fazer representar nos próximos pleitos.
Quando o assunto é política temos que nos lembrar de que foi Faraó que recorreu a José e não o contrário. Nabucodonozor teve que se curvar ao Deus de Daniel, e quando um governante tenta usar os vasos do templo o Senhor entra com juízo contra ele.
Ainda há homens e mulheres que não se curvam aos caprichos de Assuero.