Em nota enviada à imprensa, o Conselho de Secretarias Municipais do Estado do Tocantins (COSEMS-TO) declara que os 139 municípios do estado deverão manter a vacinação para adolescentes entre 17 e 12 anos.
O texto é uma resposta à decisão do Ministério da Saúde que determinou a suspensão da vacinação para essa faixa etária devido aos números de reações adversas.
Foram mais de 1.500 casos em todo o país, sem contar os números do Estado de São Paulo que não foram divulgados pelo governo estadual. Foi em São Paul, inclusive, que foi registrada a morte de uma jovem de 16 anos moradora da cidade de São Bernardo do Campo.
Na nota, porém, o COSEMS-TO chama a decisão do Ministério da Saúde de unilateral e lamenta que as secretarias estaduais não tenham sido consultadas sobre esta questão.
Leia a nota na íntegra:
O COSEMS-TO informa a todas as 139 Secretarias Municipais de Saúde que respeita o posicionamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) de seguir a orientação do Ministério da Saúde em restringir a vacinação apenas para adolescentes de 12 a 17 anos que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.
Entretanto, o Conselho afirma que:
1. Considerando o posicionamento do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), que representa todas as Secretarias de Estado da Saúde do Brasil.
2. Considerando o posicionamento do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, que representa as Gestões de Saúde Municipais.
O COSEMS-TO defende a continuidade da vacinação para a devida proteção da população jovem, sem desconsiderar a necessidade de priorizar neste momento, dentre os adolescentes, aqueles com comorbidade, deficiência permanente e em situação de vulnerabilidade.
Ao afirmar nosso posicionamento, aproveitamos a oportunidade para manifestar nossa solidariedade aos Secretários e Secretárias Municipais de Saúde do Tocantins e suas respectivas equipes, que foram pegos de surpresa com essa decisão unilateral do Ministério da Saúde. Inúmeras ações de promoção da vacinação foram canceladas nos municípios, causando prejuízos não só financeiros, mas também de conscientização da população. Transtornos diversos foram ocasionados na ponta, após a divulgação de orientações sem qualquer consulta prévia às representações estaduais e municipais da gestão do Sistema Único de Saúde.