Da redação
A mulher que empurrou o Padre Marcelo Rossi, na tarde deste domingo, durante uma missa em Cachoeira Paulista, em São Paulo, disse que o que aconteceu foi algo entre ela e o padre. “Entre eu e ele, entre eu e ele”, afirmou a agressora ao sair da delegacia.
Depois de prestar depoimento, ela entrou em um carro da Canção Nova, instituição organizadora da missa, para voltar à cidade do evento. Ela passou a noite em uma pousada.
Sem B.O
O padre Marcelo Rossi respondeu sobre o assunto e o motivo de ter sido empurrado. Rossi disse hoje que “está ótimo” após ter sido empurrado por uma mulher enquanto celebrava uma missa ontem no interior de São Paulo. Ele também explicou por que não registrou ocorrência contra a agressora: “ontem, eu fiz B.O. [boletim de ocorrência]. Padre que, B.O.? ‘Bíblia e oração'”. “Esse é o melhor boletim de ocorrência”, brincou Rossi. O padre também disse que sua delegacia é “a capela”.
Investigação
O delegado Daniel Castro disse que a mulher afirmou que sua intenção era se aproximar e conversar com o padre. Ela disse que não queria agredi-lo. Ela também afirmou sofrer de transtorno bipolar e estar passando por tratamento psiquiátrico.
Segundo o delegado, a mulher deu “declarações desencontradas”. “Ela falou que queria entrar para conversar com ele e que se assustou na hora que viu os seguranças correndo atrás dela. É a versão dela, mas quem vê as imagens vê que não tem nada disso [seguranças correndo atrás dela]. Ela entrou correndo, se assustou e empurrou ele num momento em que meio que surtou, perdeu o controle, mas que não tinha intenção nenhuma, que queria só conversar com ele”.
A agressora estava na missa com um filho de 3 anos e, por isso, um representante do Conselho Tutelar de Cachoeira Paulista também esteve na delegacia. “Nossa conselheira ficou lá tomando conta da criança”, disse a representante do conselho Maria Cristiane Batista. Dois representantes da Canção Nova também estavam na delegacia onde foi colhido o depoimento, em Lorena, São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, caso o padre Marcelo Rossi não queira apresentar queixa em até seis meses o caso será arquivado. Inicialmente, ele optou por não registrar um boletim de ocorrência contra ela, que permanecerá em liberdade.