MPE ingressa com Ação Civil Pública contra Dimas por falta de vagas em cemitérios

Da Redação JM Notícia

MPE ingressa com Ação Civil Pública contra Dimas por falta de vagas em cemitérios; gestor poderá ter bens bloqueados

O Ministério Público Estadual (MPE) ajuizou Ação Civil Pública contra o município de Araguaína, nesta segunda-feira, dia 25, para que o prefeito Ronaldo Dimas (PR), adote no prazo de 90 dias, as providências necessárias para expandir ou adequar a capacidade do Cemitério São Lázaro, que é administrado pelo município e se encontra com seu limite de vagas esgotado.

Em caso de descumprimento, o Ministério Público pede à Justiça que seja aplicada multa pessoal ao prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, que seja bloqueado recursos e confiscados os valores a fim de garantir a efetivação das providências.

Cemitérios 

Na ação, o promotor de Justiça Gustavo Schult Junior pede ainda que o município adote as providências para a regularização ou, se não for possível, a imediata interdição do Cemitério do Bairro de Fátima e do Cemitério Novo Horizonte, que não possuem licença ambiental e podem estar ocasionando contaminação do solo e do lençol freático, infringindo a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/08).

Segundo o MPE, enquanto não houver a licença ambiental, o município deve se abster de realizar sepultamentos nestas duas unidades.

O MPE vem atua no caso por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Araguaína e Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma), que realizou duas inspeções técnicas e recomendou adoção de providências pelo município de Araguaína. Nas duas ocasiões, foram constatadas as mesmas situações de irregularidade e inadequação às normas ambientais, inclusive a abertura de covas sem impermeabilização do solo.

Ainda de acordo com o MPE, a falta de providências do poder público municipal desencadeou um atual cenário de falta de vagas para o sepultamento de corpos, com graves danos ao meio ambiente, ao planejamento urbanístico, à cultura e à crença religiosa da coletividade.

VIOLAÇÃO DE DIREITOS

Para o Ministério Publico, a falta de vagas nos cemitérios de Araguaína, fere os direitos fundamentais da pessoa humana, tendo em vista que, a solução apontada pelo poder público, consistente na cremação como medida alternativa, associada à exumação e encaminhamento dos restos mortais a ossuário público.

Câmara de Araguaína

Na última semana, a Câmara de Araguaína, por solicitação do vereador Geraldo Silva e do Soldado Alcivan, realizou audiência para debater a falta de vagas nos cemitérios públicos de Araguaína.

No entanto, a solução encontrada naquele primeiro momento, é os vereadores iriam entrar em contato com o prefeito para buscar uma solução para a falta de vagas.

“Precisamos urgentemente construir um Cemitério Público em Araguaína. Nós estamos sabendo que a Prefeitura fez um convênio com o Jardim das Paineiras, no entanto, o único serviço oferecido é a cremação de corpos. Temos que ressaltar porém, que nós não temos essa cultura de cremação de corpos”, disse Geraldo Silva ao JM Notícia.

 

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