Da Redação JM Notícia
Nas eleições de 2018 o voto evangélico terá muito peso, tanto que os pré-candidatos à Presidência estão tentando conquistar este eleitorado na tentativa de atrair o maior número possível de apoio deste segmento que representa 30% da população brasileira.
Mas ao mesmo tempo o apoio de lideranças evangélicas tem colocado as autoridades em alerta, pois fazer propaganda política dentro de templos religiosos é proibido pela lei. Essa semana, a Procuradoria Geral Eleitoral do Ministério Público Federal (PGE-MPF) emitiu um alerta aos pastores e líderes sobre os riscos de fazer propaganda irregular em templos.
A recomendação é assina pelo Ministério Público Eleitoral de Pernambuco e traz considerações sobre a relação entre igrejas e candidatos a cargos políticos. Declarando a liberdade de consciência e crença e a proteção dos locais de culto como garante a Constituição, mas reafirmando sobre as leis brasileiras que vetam a veiculação de propaganda eleitoral em templos.
Inclusive, o texto declara que utilizar “os recursos dos templos causam desequilíbrio na igualdade de chances entre os candidatos”, falando exatamente sobre as doações de valores ou oportunidades de divulgação nas igrejas.
O texto foi escrito pelo procurador Francisco Machado Teixeira que afirmou já ter recebido denúncias de igrejas realizando propaganda política antecipada. Diante disto, o órgão resolveu recomendar “aos dirigentes de entidades religiosas que não realizem propaganda eleitoral no recinto do culto religioso e não utilizem recursos dos templos em benefício de qualquer candidato”.