O vice presidente, Hamilton Mourão, cobrou nesta terça-feira (14) um pedido de desculpas do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que vinculou as Forças Armadas à prática de genocídio, em virtude das mais de 70 mil mortes provocadas pela pandemia.
“Se tiver grandeza moral ele tem que se retratar. Eu não vi interferência (do ministro), vi o cidadão Gilmar Mendes fazer uma crítica fora de propósito”, disse Mourão, em entrevista exclusiva para a CNN.
+ Mourão critica Witzel após vazamento de conversa: “Não tem ética”
Mourão ressaltou que genocídio é característica de regimes ditatoriais, como os do soviético Josef Stalin e o alemão Adolf Hittler.
Para o vice-presidente, não é hora de mudar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que atua como interino desde maio como interino da pasta.
As declarações de Gilmar Mendes causaram incômodo no governo porque também há avaliações internas de que já passou da hora da pasta passar a ser guiada por um titular. Vários nomes para sucedê-lo voltaram a circular no Planalto, como o da oncologista Nise Yamaguchi.
Interlocutores apontam a lealdade da médica ao governo e a defesa pelo uso da hidroxicloroquina como atributos. Para Mourão, a troca deveria ocorrer após um arrefecimento dos casos de coronavírus no país.