Redação JM Notícia
Na noite desta terça-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancários de dez deputados e um senador apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Eles são: deputado Alê Silva (PSL-MG), deputada Aline Sleutjes (PSL-PR), senador
Arolde de Oliveira (PSD-RJ), deputada Bia Kicis (PSL-DF), deputada Carla Zambelli (PSL-SP), deputada Caroline de Toni (PSL-SC), deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) e deputado General Girão (PSL-RN), deputado Guiga Peixoto (PSL-SP), deputado Junio Amaral (PSL-MG) e deputado Otoni de Paula (PSC-RJ).
O pedido da quebra de sigilo bancário foi feito pela Procuradoria Geral da República que investiga a organização de manifestações antidemocráticas que pediam fechamento do Supremo, do Congresso e intervenção militar.
O deputado Otoni de Paula se manifestou em suas redes sociais criticando a ação. “Os ministros do STF atuam para tentar atingir todos aqueles que defendem o presidente Jair Bolsonaro. Não cometi nenhuma irregularidade e nenhum ato antidemocrático”, escreveu ele no Twitter.
“A quebra (INJUSTA) dos meus dados bancários vai mostrar aos ministros do STF que não tenho nada a esconder, minha vida é pautada pela legalidade”, completou o parlamentar evangélico.
Carla Zambelli também se manifestou dizendo que queria que seus dados bancários fossem publicados nos jornais. “Eu não financio movimento nenhum porque não tenho dinheiro”, disse ela falando que adquiriu dividas.
A deputada chegou a se emocionar dizendo que o ministro Alexandre de Moraes tem raiva dela, porque ela, ao defender a Lava Jato, ameaçou derrubar cada um dos ministros que não apoiassem a prisão de políticos corruptos.
A deputada Caroline de Toni também lamentou a decisão do ministro Alexandre de Moraes. “Tive conhecimento pela imprensa da quebra do meu sigilo bancário e de mais 10 deputados. Não há qualquer nenhum fato ou fundamento jurídico que a justifique. Não tenho mais dúvida de que estamos vivendo num estado de exceção”, afirmou.
Pelo Twitter, ela declarou que o inquérito é ilegal e tem como objetivo calar a direita. “Se se pode quebrar sigilo e imunidade dos parlamentares, o que não farão aos cidadãos comuns? Quem está promovendo uma ruptura na democracia brasileira?”, questionou.