O vereador Moisemar Marinho (PDT) criticou, nesta quinta-feira, 06, a postura do ex-secretário municipal da Saúde, Daniel Borini Zemuner, que esteve em Audiência Pública, convocada pela Câmara Municipal de Palmas no dia 30 de junho, para prestar contas do dinheiro da Saúde, bem como dos testes adquiridos pelo município. Na oportunidade o ex-secretário e alegou “não faltar nada” nas unidades de saúde para o combate à Covid-19.
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No entanto, conforme relatório de um médico da Unidade de Pronto Atendimento Sul (UPA Sul), os pacientes que lá se encontram estão sendo tratados apenas com dipirona e oxigênio. O médico ainda alegou a falta de testes rápidos e afirmou que tentou inúmeros contatos com a prefeita Cinthia Ribeiro para informar a situação caótica em que a UPA Sul vive, porém foram sem sucesso.
Nesta quinta-feira, 06, Moisemar Marinho, juntamente com os vereadores Milton Néris (PDT), Diogo Fernandes (MDB) e Erivelton Santos (PV), formalizaram requerimento solicitando audiência com as autoridades competentes, do Estado e do Município, para que prestem esclarecimentos ao Legislativo Municipal e à sociedade sobre a transparência das ações de combate à pandemia na Capital. Porém, o requerimento não foi aprovado, pois a base da gestora esvaziou o plenário.
“A prefeita (Cinthia Ribeiro) orientou sua base a esvaziar o plenário para que o requerimento não fosse aprovado. O que vemos é um descaso do Paço Municipal com a sociedade e um ex-secretário da Saúde que teve a coragem de ir a uma Audiência Pública e dizer que não faltava nada nas unidades de saúde, enquanto a realidade é completamente diferente”, afirmou o parlamentar.
Segundo Moisemar Marinho, a Prefeitura de Palmas recebeu R$ 42 milhões do Governo Federal, mais R$ 26 milhões de crédito extraordinário para o combate ao novo coronavírus em Palmas. Segundo ele, é inadmissível faltarem testes, medicamentos e EPI’s nas unidades de saúde uma vez que a prefeitura recebeu essa verba para ser aplicada na Saúde. Ele ainda alegou que, recentemente, a prefeitura publicou no Diário Oficial do Município extrato de contratação de empresa de publicidade no valor de R$ 12 milhões, enquanto a Saúde passa por situação precária.
“Onde o dinheiro do Governo Federal e do crédito extraordinário foi aplicado? Não faz sentido a prefeitura receber uma verba para o combate à pandemia e deixar faltar equipamentos, medicamentos e testes rápidos nas unidades de saúde. Ela está mais preocupada em gastar dinheiro fazendo publicidade”, finalizou Moisemar Marinho.