Depois de dois anos de espera, finalmente as autoridades de Mianmar publicaram o censo realizado sobre as inscrições religiosas dos birmaneses. O atraso da publicação se deu pelo receio de que os resultados pudessem causar um alvoroço no país, já que o grupo nacionalista budista Ma Ba Tha declarou que a população muçulmana, bem como as demais minorias religiosas, têm sido uma grande ameaça à “nação budista”.
O governo temia que, se os números indicassem um alto crescimento dessas populações, isso causaria novos confrontos, piores ainda do que os anteriores. De acordo com as estatísticas, os muçulmanos experimentaram um crescimento lento. Os Rohingyas, povo descrito pela ONU como “sem amigos e sem terra”, não foram contados no censo. Eles são muçulmanos, mas estão marginalizados em vários países. No caso de Mianmar, não são reconhecidos por conta de sua origem incerta; alguns estudiosos dizem que se originaram em Mianmar, enquanto outros defendem que vieram de Bangladesh.
Já o crescimento do número de cristãos foi considerável: de 4,6% (em 1973) para 6,2% (em 2014). Os números oficiais, no entanto, podem ser inferiores à realidade da igreja no país, já que os cultos domésticos são praticados regularmente. Uma matéria de 2013 Igreja doméstica em Mianmar cresce em meio à perseguição, mostrou que uma pequena igreja composta por 7 cristãos, em pouco tempo, se transformou numa congregação de 200 membros. Para o governo birmanês, a diversidade religiosa é uma ameaça. As autoridades continuam batendo de frente com essa realidade e a perseguição aos cristãos continua. Continue intercendo por eles. Com informações Portas Abertas