O pastor Farouk esteve no Brasil e afirmou que a perseguição é o motivo pelo qual milhares de pessoas abrem seus corações para Jesus e ganham a eternidade
“Perseguição não é uma maldição, mas algo que Deus reverte como benção” diz pastor Farouk. Foto: Reprodução
Entre os dias 14 de abril e 2 de maio o pastor Farouk esteve no Brasil dando seus testemunhos e compartilhando experiências sobre como é a vida dos cristãos perseguidos no Iraque. Ele comenta sobre a importância de se ter testemunhas oculares para que os cristãos livres de perseguição compreendam que esse contexto tem a ver com os planos de Deus para a humanidade. “Eu venho de um país onde experimentamos a perseguição extrema, eu não ouvi falar sobre isso, eu sou uma testemunha ocular. Em minha família, sofremos perseguição por aproximadamente 80 anos, então quando eu falo sobre perseguição, eu sei do que estou falando, porque vivemos isso. Ser perseguido é perder algo que pertence a você, pode ser sua casa, um membro da família, seu trabalho ou até mesmo sua própria vida por um único motivo: sua fé”, disse ele.
O pastor conta sobre um povo que morava num vale do norte do Iraque, onde a maioria da população era de cristãos ricos e onde havia muitas igrejas. “Eu já estive lá visitando muitas pessoas, e elas gostavam de ouvir o australiano falar (referindo-se a si mesmo), mas quando eu abria a Bíblia, muitos iam embora para suas casas. Essas pessoas possuíam muitos bens, fazendas e indústrias, mas tinham o coração seco e morto. Quando chegou a perseguição naquele vale e eles perderam todas as suas riquezas, saíram daquele lugar sem nada e os corações dessas pessoas finalmente se abriram”, explica.
Um tempo depois, ele teve a oportunidade de ministrar a Palavra para muitos deles e comentou sobre a mudança que percebeu nessas pessoas: “Hoje em dia, eles são muito pobres, mas gratos a Deus por possuírem o maior bem de suas vidas, a eternidade. É muito comum nas reuniões onde eles estão ouvir frases do tipo: ‘Sou grato Senhor pelo Estado Islâmico, pois sem eles eu teria ido para o inferno’ ou então ‘Antes deles eu era rico, agora sou pobre, mas eu tenho a vida eterna’. É por isso que eu afirmo que a perseguição não é uma maldição como muitos dizem, mas uma bênção de Deus em nossas vidas”, diz Farouk.
Atualmente, o Iraque ocupa o segundo lugar na Classificação da Perseguição Religiosa, terra onde o cristianismo teve sua origem, mas que hoje em dia é praticamente controlada pelo Estado Islâmico e vive uma guerra com um contexto religioso que já dura muitos anos, mas que segundo Farouk, tem levado milhares de pessoas aos pés de Cristo. “Por causa da perseguição muitas pessoas entregaram suas vidas a Jesus e foram para o reino de Deus. Eu gosto muito de comparar a situação dessas pessoas com as nozes, porque os corações delas são assim, parece possuir uma casca muito dura por fora, mas que ao ser quebrada tem algo muito bom por dentro. A perseguição tem esse poder de fazer com que os corações se abram, como se a casca fosse quebrada e então as pessoas compreendem a importância da Palavra e da Salvação”, conclui.
Com informações Portas Abertas