Da Redação JM Notícia
Esta semana a psicóloga Marisa Lobo fez uma live no seu Facebook e questionou a demora dos políticos evangélicos conseguirem barrar de uma vez por todas o ensino da ideologia de gênero no país, pois mesmo sendo rejeitado no Plano Nacional de Educação, o tema segue sendo inserido em várias escolas do país.
O que fez com que a psicóloga se manifestasse foi o vídeo polêmico de um menino de 12 anos beijando seu namorado durante sua festa de aniversário, cantando frases que insinuam o sexo anal. Diante do que viu, a profissional fez um alerta sobre os perigos da erotização infantil.
“Não é engraçado ver crianças tratando a sexualidade dessa forma. Não é engraçado ver crianças erotizadas dessa forma. Não é engraçado ver crianças falando de sexo anal como se fosse a coisa mais comum”, disse ela aos seus milhares de seguidores na rede social.
Marisa Lobo, lamentou o tempo em que estamos vivendo, onde a sexualidade está sendo descontruída. “Nós estamos vivendo tempos difíceis. Nós estamos vivendo um tempo de desconstrução da sexualidade, desconstrução da figura da criança. A criança está sendo banalizada e usada como objeto sexual do adulto. Esse vídeo mostra como a sociedade está erotizada, como as nossas crianças estão desprotegidas”, alertou.
Foi então que a profissional se queixou da morosidade das atitudes daqueles que têm o dever de impedir tal doutrinação ideológica – que já foi considerada pela Faculdade norte-americana de Pediatria como um “abuso infantil”.
“Os que não são perversos, os bons, cruzam os braços. Está cheio de deputado bom, mas nesse assunto, parece que tem medo, parece que há acordos. A sociedade toda está lutando contra a ideologia de gênero. Nós temos um ministro que é evangélico, mas tem vergonha de dizer que é evangélico. O presidente também diz que é cristão… eles têm que governar para todos, eu entendo, mas é científico: Estão promovendo disforia de gênero nas crianças. O número de casos de crianças com disforia de gênero que tem aumentado assustadoramente em todo o mundo, que promoveu esta loucura”, afirmou.
Solução de emergência
Uma das propostas apresentada por Marisa Lobo é cobrar das autoridades uma medida já adotada pela Bancada Evangélica em 2011 para barrar o chamado ‘kit gay’: a obstrução de votação. “Eu sugiro que vocês entrem em contato com os vereadores, deputados estaduais e federais de vocês e peçam para eles serem machos e se unirem e obstruírem a votação”, declarou.
Ela citou o fato quando o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos e mais de 80 outros deputados fizeram o mesmo em 2011, para que os filmes e cartilhas “contra a discriminação sexual” não fossem incluídos no Plano Nacional de Educação pelo MEC.
“O que está acontecendo? Afrouxou? ‘Ah, mas é porque era a Dilma’. Então eles tiveram peito, coragem, porque era uma mulher? Agora é porque o Temer está lá, é homem… porque o ministro que está lá é homem? Ou é por que há algum tipo de acordo? Por que vocês não podem obstruir votação, como fizeram no passado?”, questionou.
Marisa cobra bancada religiosa
Se dirigindo aos deputados da bancada evangélica, Marisa Lobo pediu que eles intensifiquem as ações para proibir de uma vez por todas a doutrinação ideológica de gênero nas escolas.
“Não entendo o porquê de tanta demora em tomar atitudes concretas contra a ideologia de gênero na Educação”, disse ela. “Não entendo porque ainda não fizeram isso, chamo aqui à responsabilidade todos os deputados cristãos, os que afirmam defender a Família e têm poder de mídia, como Bolsonaro, Marco Feliciano, Sóstenes Cavalcante, João Campos, Diego Garcia, Francischini … que lutem pelo nosso país de forma mais prática”, completou.
Para Marisa, o Brasil está à beira de um colapso cultural e a única saída é um posicionamento dos parlamentares que têm poder de barrar e impedir a disseminação dessa ideia.