Da Redação JM Notícia
O vereador Marilon Barbosa (PSB) foi acusado pelo presidente da Câmara, Folha Filho (PSD), de não ter entregue o relatório Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018, atrasando assim a votação. Porém o vereador rebate essas acusações e declara que a votação não aconteceu porque Folha trabalha para o prefeito Carlos Amastha.
Como relator da Comissão de Finanças, Marilon declarou que entregou o parecer no dia 28 de dezembro e no mesmo dia foi aprovado. A ata da sessão daquele dia confirma a apresentação e a votação do parecer, ou seja, a Câmara seguiu o prazo legal, logo, a culpa do atraso na votação não é vereador Marilon. “Ele [Folha] é mentiroso, é um funcionário do prefeito, só faz o que o prefeito quer”, declara o parlamentar.
Com maioria na Casa, a oposição é contra entregar 30% do orçamento para o remanejamento como o Executivo deseja, destinando apenas 5%. Enquanto esse valor não é negociado, a matéria segue travada na Câmara.
“A culpa é exclusivamente dele [de Folha]”, declara o parlamentar. “Todo o procedimento da Comissão foi feito dentro do prazo legal. Ele é incompetente”, completou.
O vereador deixou claro também que esteve em todas as sessões do mês de dezembro e tem ido em todas as sessões de janeiro também. “Não faltei nenhum dia”.
Sessões canceladas
A aprovação da LDO é urgente, pois é esse texto que orienta os gastos da prefeitura ao longo do ano. Algumas sessões extraordinárias foram marcadas para esta votação, mas por algumas razões foram canceladas.
A sessão do dia 29 de dezembro, por exemplo, foi cancelada porque os funcionários da Casa foram liberados de suas funções fazendo com que o som, vídeo e outros departamentos fossem desligados para impedir a votação dos vereadores.
Os vereadores da oposição acusam Folha Filho de impedir a votação para que o Executivo não perca os 25% do orçamento que deseja usar como remanejamento. Outro ponto que cria esse impasse entre a base e a oposição são as emendas impositivas que os vereadores passariam a ter direito.