Da Redação JM Notícia
A Sociedade Internacional das Liberdades Civis e do Estado de Direito notificou o presidente Nigeriano, Muhammadu Buhari e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a perseguição religiosa no país africano afirmando que nos últimos 3 anos foram pelo menos 16 mil cristãos mortos.
A maioria das vítimas, segundo o relatório da ONG divulgado em fevereiro, foram mortas em ataques de radicais islâmicos, principalmente os soldados do grupo terrorista Boko Haram que tenta implantar a sharia no país.
A organização pediu que diante desses dados, o presidente “acorde de seu sono” para enfrentar a violência e proteger milhões de cristãos que estão sendo ameaçados de extinção na Nigéria.
Além dos soldados terroristas, os cristãos agora enfrentam os ataques dos Fulanis, que são pastores de gado que brigam com produtores rurais cristãos em disputa territorial.
“As 16.000 mortes são especificamente compostas de 2.050 vítimas de violência direta do Estado, 7.950 vítimas de custódia policial ou de cativeiro por meio de perfis raciais e de detecção de crimes não profissionais, 2.050 vítimas da insurreição do Boko Haram e 3.750 vítimas do terror Fulani Herdsmen”, diz o relatório.
O tempo se refere apenas ao período em que Buhari assumiu o governo, mas segundo a organização, já foram mais de 30 milhões de cristãos mortos somente no Norte da Nigéria nas últimas décadas, vítimas de discriminação e ataques violentos de grupos terroristas radicais.
Ao apresentar estes números, também enviado para a Organização das Nações Unidas (ONU) para pedir apoio, a Sociedade Internacional das Liberdades Civis e o Estado de Direito pediu que o presidente nigeriano venha a investir no combate a estes crimes, investigando e punindo os envolvidos.
“o Senhor Presidente deve acordar do sono e cumprir os deveres constitucionais juramentados, agindo com coragem e imparcialidade, de modo a evitar uma situação onde milhões de cristãos estão ameaçados e em perigo na Nigéria, sendo forçados a recorrer a mecanismos de defesas e autoproteção para impedir que suas religiões e práticas sejam perseguidas como acontecem no Líbano, Egito, Síria e Turquia.
A Associação Cristã de Nigerianos-Americanos (CANAN – sigla em inglês) também tem criticado o presidente, cobrando ações para acabar com a violência e perseguição religiosa. “Este é um incidente isolado orquestrado por pastores criminosos. Para este fim, todos devemos reunir apoio para as vítimas pois o prejuízo para um é um prejuízo para todos”, disse o CANAN.